zé Cardozo: lealdade é o mínimo…
Por que a Dilma não manda o zé da Justiça embora?
É por que ele tem a vantagem de ser o PT não PT?
Também.
Mas, tem outra razão, explica o Oráculo de Delfos, oculto em algum ponto próximo de Caruaru, para ver se descobre o que a ministra Ana Arraes não revela: quem é o dono do jatinho.
A presidenta Dilma é uma pessoa fechada, reservada.
Não dá intimidade.
Quando, por acaso, alguém consegue entrar no restrito circulo das afeiçoes pessoais, isso é valioso.
O zé da Justiça tem essa característica que o aproxima de Michel Temer, Wellington Moreira Franco e o Príncipe da Privataria: o zé Cardozo não tem voto para se eleger vereador.
Desde a primeira campanha presidencial, ele virou o papagaio de pirata da Dilma.
Não tinha alternativa.
Ou era a Dilma ou voltava à PUC para dar aula e tocar piano.
E ficou lá, permanentemente, sobre o ombro da Presidenta.
Tanto ficou que deu prova de irrestrita lealdade.
E aí, explica o Oráculo, tem um probleminha.
A presidenta confunde lealdade pessoal com aptidão política.
E vai deixando a Polícia Federal à matroca.
(Como diz o Conversa Afiada, com esse “chefe” da Polícia Federal, o Lula vai passar o Natal na cadeia.)
E o zé vai ficando – ele e sua lealdade.
Ele e sua notável incompetência.
Mas, aí, pondera o Oráculo:
- Bom, lealdade é o mínimo que se exige de um Ministro…
(O Oráculo é um homem de esperança: ele acha que, um dia, a Ministra Arraes, do Tribunal das Contas, aquele do Nardes, vai identificar o dono do jatinho.)
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: Fernando Brito, no Tijolaço, também tratou do zé da Justiça:
Aécio e Freire vetam nota; Marina diz que renúncia é de “foro íntimo”. Mas não era Lula “blindava” Cunha?
Quem é que quer manter José Eduardo Cardozo no Ministério, senão a mídia de oposição, a cúpula da PF e a república do Paraná, que adoram um Ministro da Justiça absolutamente nulo?
Bem, é verdade, a teimosia de Dilma, que continua vivendo no mundo do que “deveria ser”, mas não do que é a luta política.