Quem entender a Urubóloga ganha um IGPM de chocolate
Os meus colegas da Record começaram hoje felicíssimos.
O Mau Dia Brasil voltou a mostrar a Urubóloga com um gráfico mortífero.
Daqueles que se infiltram na cabeça do espectador com agressividade terminal.
Ela pretendia revelar a correlação meta-intrínseca, sub-cutânea, parabólica, entre o aumento do IGPM - e a inflação consuetudinária !!!
Quá, quá, quá !
Ela "prova" que quando o dólar sobe, o IGPM sobe junto.
Só que no gráfico mortífero o IGPM cai.
Quá, quá, quá !
Aí, ela atravessa a sala e fala enquanto isso.
O Lyndon Johnson dizia que o Gerald Ford era incapaz de atravessar uma sala e mascar chicletes ao mesmo tempo.
Não é o caso dela.
Ela é capaz.
Aí, ela explica que o Governo controla o dólar (quá, quá, quá !), mas o Governo não deve controlar o dólar (quá, quá, quá !).
(Se o Obama soubesse que a Dilma controla o dólar, ia perguntar como ...)
Como se sabe, a Urubóloga é o melhor que o pensamento neolibelês (*) conseguiu produzir no Brasil.
O problema é o espectador.
Quem entender uma linha do que ela disse ganha um IGPM de chocolate !
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.