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A Feira do Livro de Porto Alegre recebe O Quarto Poder

PHA revelou as instruções de Roberto Marinho para o jn

por Conversa Afiada publicado 03/11/2015 13h53, última modificação 03/11/2015 16h23
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Na última segunda-feira (2), Paulo Henrique Amorim participou da Feira do Livro, que ocorre há 60 anos em Porto Alegre (RS), e lançou "O Quarto Poder  - Uma Outra História".

Após uma grande fila se formar em volta do prédio do Santander Cultural, na capital gaúcha, a administração da Feira resolveu mudar o local do evento.

Dessa forma, o Auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural Erico Verissimo foi escolhido.

No evento, PHA citou trechos de sua obra, em particular os que abordavam a Globo, Roberto Marinho, o ex-presidente João Goulart e o ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola.

“No meio [do livro] tem muita coisa. Tem Brizola, Sarney,  Fernando Henrique, Collor,  Antônio Carlos Magalhães,   Jornal do Brasil, um pouco de  Veja e tem muito, muito Roberto Marinho, muito Globo. O livro é a minha descrição, minha maneira de ver como se criou e se consolidou a indústria da televisão comercial no Brasil e eu procurei enriquecer esta narrativa com minha experiência pessoal de repórter e testemunha de alguns episódios dessa história”, resumiu.

Após a palestra, o público participou da sessão de autógrafos. A sessão durou mais de uma hora.

Em tempo: No Zero Hora:

Paulo Henrique Amorim lota auditório na Feira do Livro

Palestrante falou por quase duas horas sobre a relação da imprensa com o poder


A popularidade do jornalista Paulo Henrique Amorim surpreendeu a organização da 61ª Feira do Livro de Porto Alegre nesta segunda-feira. O repórter e apresentador, que veio a Porto Alegre lançar O Quarto Poder – Uma Outra História fez uma das palestras mais concorridas do evento. As 40 vagas da Sala Oeste do Santander Cultural foram poucas diante da demanda do público. Com isso, a fala foi transferida para o Auditório Barbosa Lessa do CCCEV, atrasando pouco mais de uma hora. O espaço, com 190 poltronas, lotou.

O Quarto Poder nasceu de um curso sobre história da televisão brasileira ministrado pelo autor. O conteúdo histórico e teórico foi acrescido de histórias de bastidores da atuação de Amorim na imprensa. Ao longo de um ano e três meses, ele e um colega vasculharam dezenas de caixas com blocos de anotações de diferentes fases de seu exercício profissional – “Nunca usei gravador, pois deixa o repórter preguiçoso” – para levantar histórias que pudessem ilustrar a influência da imprensa no poder político.

O primeiro caso do livro fala de uma entrevista com Juscelino Kubitschek. Segundo o jornalista, o ex-presidente teria lhe confidenciado que mudou a capital do Rio para Brasília porque temia que a pregação de Carlos Lacerda feita na imprensa contra ele ganhasse apoio e o tirasse a força do Palácio do Catete.

– Este é o meu primeiro testemunho do poder da imprensa: o poder de mudar a capital – disse na palestra.

Ao longo de quase duas horas, o jornalista deixou o público compenetrado em suas narrativas e análises. Amorim se apresentou em pé, usando com desenvoltura recursos de um verdadeiro stand up comedian, como pausas dramáticas e mudanças inesperadas de entonação, colhendo muitos risos e alguns aplausos.

Em entrevista a ZH, o repórter afirmou que, segundo o sociólogo Emir Sader, seu amigo pessoal, o livro poderia também ser chamado de “Quarto do Poder”.

– Revelo no texto a intimidade das relações como a de Roberto Marinho com Sarney e de FHC com ACM – explicou Amorim.