Reuniam-se o Farol de Alexandria, Mario Covas, Plínio de Arruda Sampaio, Serjão, que comprou a reeleição a R$ 200 mil o deputado do Acre, como demonstrou o Palmério Dória no “Príncipe da Privataria”.
E um caro amigo do ansioso blogueiro.
Falavam das linhas ideológicas, das possibilidades eleitorais.
Falavam.
Dissertavam com odor de academia.
A reunião parecia esgotar-se em sua própria insignificância, quando o Serjão se levantou, com aquela corpanzil, a voz grave e sempre alta e disse, segundo a memória do amigo:
- Está tudo muito bem, mas política se faz é com dinheiro! Dinheiro!
Sobre as origens do PSDB, o livro
“O Quarto Poder” oferece varias explicações.
Por exemplo, Fernando Lyra conta a reação do Roberto Marinho quando ouviu um resumo do “programa” do PSDB e que o candidato do futuro partido era o Fernando Henrique.
"Esse não!", bradou Marinho...
Esse é comunista!
Como se vê, o Fernando Henrique já foi tudo.
Por isso o Dr Tancredo, no “Quarto Poder”, diz: “esse rapaz não se pode levar a sério”.
O “rapaz” era o Farol...
Outro episódio do “Quarto Poder” - que o insuperável Emir Sader chama de “o quarto do Poder”- é a origem do célebre discurso do Mario Covas, o “Choque de Capitalismo”, que o Roberto Marinho mandou ele fazer no Senado, para merecer o apoio da Rede Globo.
Esse discurso de fundação do PSDB foi escrito por Jorge Serpa, que escrevia os editoriais do Globo!
Dinheiro!
Dinheiro!
Paulo Henrique Amorim