Acusado de atacar o Porta dos Fundos não descarta entrar no novo partido de Bolsonaro
(Reprodução)
Acusado de ser um dos autores do ataque ao Porta dos Fundos no final de 2019, Eduardo Fauzi afirmou nesta terça-feira 7/I, em entrevista a Guilherme Amado, da Época, que está satisfeito com a decisão do PSL de expulsá-lo dos quadros do partido. Fauzi voltou a afirmar que é seguidor de Jair Bolsonaro.
"O PSL é uma legenda de aluguel. Para mim é muito mais honroso ser expulso do que permanecer no PSL. Sigo o presidente da República, que saiu do PSL e teve os motivos dele. O PSL está contra o interesse do Brasil. Vou procurar uma outra legenda que represente os interesses da pátria", disse Fauzi. Quando questionado se irá para a Aliança pelo Brasil, novo partido de Bolsonaro, ele disse que não sabe "ainda".
Fauzi está na Rússia, para onde fugiu um dia antes de ter sua prisão decretada no Brasil. Ele diz que já deu início ao processo de pedido de asilo ao governo russo, mas que ainda pretende voltar ao Brasil.
"Alguns trâmites iniciais já foram feitos, no sentido de verificar qual é a fundamentação, a documentação necessária. Em princípio eu sou um candidato típico, não só por conta do claro viés de perseguição política que eu estou sofrendo, mas também porque eu tenho um filho que é russo nato. Isso em princípio me daria um tipo de proteção legal, mas a decisão do asilo é sempre política (...) Mesmo assim, isso é apenas uma possibilidade. Meu principal plano é retornar ao Brasil", disse.
Ele frisou que não teme que o Itamaraty ou o Ministério da Justiça trabalhem por sua extradição.
"É inverossímil. Eu, que tenho um filho russo, pelo princípio de reciprocidade diplomática, não seria extraditado. Um russo com filho brasileiro não seria extraditado. É de se supor que eu também não seja. Porém, é ridículo achar que o Itamaraty vai ser mobilizado para extraditar alguém que não foi julgado, condenado e que está impedido por uma prisão temporária de 30 dias. As chances de esse pedido de extradição ter sido enviado são zero", afirmou.
Ele tem passagem de volta para o Brasil marcada para o dia 30/I. "Em princípio volto nessa data", falou na entrevista.
Por fim, mais uma vez ele assumiu a autoria do ataque ao Porta dos Fundos: "Foi um crime de explosão. No entanto, foi perfeitamente moral. (...) Mas visto que a Justiça não impediu o crime monstruoso, este sim muito mais danoso, que é a exibição do especial de Natal do Porta dos Fundos, denegrindo a imagem de Jesus Cristo e o alicerce moral da pátria brasileira, alguém tinha de fazer alguma coisa", finalizou.
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