Advogado de Lula não se preocupa com ameaças sobre Lei de Segurança Nacional
Créditos: Antonio Cruz/Ag. Brasil
O amigo navegante do Conversa Afiada sabe que no dia 11/XI o senador Major Olímpio, do PSL de São Paulo, entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual exige a prisão preventiva de Lula.
Outros pedidos semelhantes foram impetrados também pelos deputados Sanderson (PSL-RS) e Carla Zambelli (PSL-SP) e pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
Bolsonaro também ameaçou o presidente Lula: "temos uma Lei de Segurança Nacional que está aí para ser usada. Alguns acham que os pronunciamentos, as falas desse elemento, que por ora está solto, infringem a lei", disse o Jair Messias em entrevista ao portal O Antagonista.
O motivo?
Segundo todos eles, o discurso do presidente Lula em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, no dia 9/XI - sua segunda aparição pública após deixar a prisão em Curitiba - é uma incitação à subversão da ordem pública e merece ser analisado sob o olhar da Lei de Segurança Nacional (LSN), promulgada durante a ditadura militar!
"É uma questão de honra a gente recuperar esse país. A gente tem que seguir o exemplo do povo do Chile, do povo da Bolívia. A gente tem que resistir. Não é resistir. Na verdade, é lutar, é atacar e não apenas se defender", disse Lula, em referência aos protestos no Chile no mês de outubro que quase levaram à renúncia do presidente Sebastián Piñera, e também à resistência do povo boliviano contra o Golpe que derrubou o presidente Evo Morales.
É um subversivo, esse Lula!
O ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh advogado e membro da equipe de defesa do presidente Lula, afirma que não há qualquer motivo para preocupação: a alusão de Bolsonaro sobre invocar a LSN contra Lula não passa de mais uma bravata. Nada do que disse Lula depois que saiu em liberdade se enquadra em incitação subversiva. Então, zero de preocupação sobre isso" disse Greenhalg em entrevista à Rede Brasil Atual.
Em tempo: em abril de 1980, Lula foi preso com base na LSN junto de outros dez dirigentes sindicais.
Em tempo2: o deputado Marco Feliciano, do Podemos, também ameaçou usar a LSN contra Lula no dia 8/XI, após o presidente visitar o ex-ministro José Dirceu.
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