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"Autonomia financeira" do Weintraub é privataria das universidades

Fórum: plano prevê cobrança de mensalidade nas federais!
publicado 14/07/2019
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Estudantes protestam contra os cortes na educação. Av. Paulista, São Paulo, 15/V/2019 (Créditos: João Alexandre Peschanski/Wikimedia Commons)

Do Globo Overseas, na última sexta-feira (12/VII):

MEC chama reitores de federais para propor novo modelo de financiamento


O Ministério da Educação convocou reitores e pró-reitores de planejamento das universidades federais do país para uma reunião na próxima semana para apresentar uma proposta para "aumentar a autonomia financeira" das instituições.

A pasta ainda não deu muitos detalhes aos convidados, no entanto, sobre quais serão os pontos específicos abordados, mas pessoas ligadas ao setor afirmam que o MEC pretende reduzir a participação da pasta no financiamento, estimulando as universidades a captarem fontes alternativas de recurso, como estimular cursos MBA que possam ser cobrados.

(...) A relação [do ministro da educação, Abraham] Weintraub com as instituições federais é ruim desde o início de sua gestão, quando o ministro afirmou em entrevista que cortaria recursos de instituições que, nas suas palavras, promovessem "balbúrdia". A crise se agravou quando o governo anunciou um bloqueio de R$7,4 bilhões na educação e cerca de 30% do orçamento discricionário das federais foi atingido. (...)

E na Revista Fórum:

MEC deve anunciar plano de mensalidade para universidades federais


Na quinta-feira da próxima semana (18), o MEC convocará os reitores das universidades federais para uma reunião em que apresentará a Reforma Administrativa que deve ser implementada pelo governo de Jair Bolsonaro.

Segundo informações divulgadas em um evento privado na noite de sexta-feira (12), as instituições públicas deixarão de ser administradas sob o regime jurídico de direito público, fazendo com que seja implementada uma política de cobrança de mensalidade para cursos que são gratuitos.

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, disse ao jornal Valor Econômico que o programa será chamado Future-se e que tem o objetivo de “fortalecer a autonomia financeira das universidades e dos institutos federais”. (...) É esperado que instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro sejam afetadas pela nova medida do MEC. (...)

Em tempo: o dia 15/V foi marcado pelos atos em defesa da educação contra os cortes do governo Bolsonaro no orçamento das universidades federais. Veja as principais imagens das manifestações no Conversa Afiada.

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