Bolsonaro critica curso contra assédio em estatal
Banco do Brasil oferece aulas online para servidores
publicado
08/03/2019
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Manifestante no ato do Dia Internacional da Mulher 2019 em Belém (Créditos: Lorena Fadul/Mídia Ninja)
Do Globo Overseas:
Bolsonaro critica, nas redes sociais, curso do Banco do Brasil contra assédio moral e sexual
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o presidente Jair Bolsonaro utilizou seu perfil no Facebook para criticar (...) o Banco do Brasil por oferecer a servidores um curso interno de diversidade e de prevenção e combate ao assédio moral e sexual. Além de avisar que havia ordenado à cúpula do banco que abolisse a formação, chegou a aconselhar os postulantes a cargos na instituição que procurassem a Justiça.
(...) Bolsonaro, no entanto, confundiu a finalidade do curso ao fazer sua crítica. Disse que era um requisito para passar num concurso público do banco, mas as aulas fazem parte, na verdade, do processo interno de formação e promoção de funcionários.
(...) A instituição oferece vários cursos online de aprimoramento para os servidores. Eles somam pontos que classificam os bancários para promoções que surgem dentro do Banco do Brasil. A maior parte é optativa. A única exigência é que seja feito o conjunto de aulas que trata de ética, respeito no trabalho, fim de preconceito e combate ao assédio. O tema é considerado prioritário (...)
– Olha só o nível de aparelhamento que existe no Brasil. Isso aqui é processo de educação. Não precisa fazer curso nesse sentido. Nos futuros editais, não teremos mais essa obrigatoriedade (...) Um conselho que eu dou a vocês é: que se, porventura, alguém que for aprovado no concurso e for exigido esse diploma, você pode entrar na Justiça, que tu vai ganhar (sic). Se bem que eu vou tentar junto ao Banco do Brasil ainda para que se evite isso.
Um dos cursos que o BB exige é o de equidade de gênero. As lições duram menos de uma hora e é feita por meio da internet. Fala dos estereótipos diferentes entre homens e mulheres. (...) O curso ainda fala sobre as relações de poder do homem sobre a mulher e trabalha para prevenir não apenas assédio sexual no trabalho, mas também a violência doméstica.
(...) Questionado sobre a decisão do presidente de não exigir mais esse curso, o Banco do Brasil informou que não se manifestará. Mesmo se tirar a obrigatoriedade do curso, ele continuará a somar pontos nos processos de seleção.
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