Cinemark mostra filme pró-ditadura e pede desculpas
Waack no filme pró-ditadura: "a Esquerda não tem qualquer apego a princípios morais" (Reprodução/YouTube)
Do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):
Cinemark diz ter errado ao exibir filme pró-ditadura
A rede Cinemark disse nesta segunda-feira ter sido um "erro" a exibição de "1964, o Brasil entre armas e livros" em salas da rede, neste domingo, quando completaram-se 55 anos do golpe militar. O documentário é tido como defensor da ditadura .
Em comunicado publicado nas redes sociais, a exibidora afirma ser uma empresa que não se envolve com questões político-partidárias e não permite a utilização das salas para eventos de cunho político. Alega que, por um "erro de procedimento em função do desconhecimento prévio do tema do evento", acabou permitindo "equivocadamente a realização do mesmo."
À reportagem, a Cinemark explicou que aluga suas salas para eventos diversos. As sessões de "1964" eram fechadas para convidados.
Nesta segunda-feira, o posicionamento da empresa enfureceu os defensores do filme, que emplacaram o termo #BoicoteCinemark entre os assuntos mais comentados no Brasil.
No mês passado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, defendeu nas redes sociais o filme , que, segundo ele, falaria "verdades nunca antes contadas - muito menos pelo seu professor de história".
O trailer, divulgado em fevereiro, não menciona quem dirigiu a obra; apenas que é "uma produção original Brasil Paralelo". Criada em 2014, a produtora se apresenta como uma "iniciativa 100% privada, com conteúdo gerado graças a assinaturas". Em seu site, afirma que "1964, o Brasil entre armas e livros" promete "resgatar a verdade sobre o período mais deturpado da nossa história".
O documentário, que chegou a ser exibido simultaneamente em sete cidades, estreia no YouTube nesta terça-feira, ainda segundo a produtora. Entre os entrevistados, estão o ideólogo de direita Olavo de Carvalho, o jornalista William Waack e o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança, herdeiro da família real brasileira.
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |