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Conselheiro do TCE-RJ pode ser o "autor intelectual" do assassinato de Marielle

Dodge acha que Domingos Brazão ainda obstruiu a investigação
publicado 02/09/2019
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que há "indícios de autoria intelectual" do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes por parte de Domingos Inácio Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

Dodge afirmou, também, que Brazão pode ter se utilizado do cargo para obstruir as investigações do caso.

As informações, reveladas pelo Globo Overseas, constam de pedido (sigiloso) enviado pela PGR ao STJ para obter acesso às provas do inquérito da Polícia Federal sobre a obstrução das investigações do caso Marielle.

No pedido, Dodge afirma que Brazão é "autoridade com prerrogativa de foro perante este tribunal (art. 105-1-a da Constituição), o qual, valendo-se do seu cargo público, também teria utilizado de pessoa e da estrutura de seu gabinete para interferir no rumo das investigações iniciais do duplo homicídio".

A PGR suspeita, ainda, de que Brazão utilizou o policial federal aposentado Gilberto Ribeiro da Costa, que era funcionário de seu gabinete, para atrapalhar o desenvolvimento das investigações, plantando uma testemunha falsa.

A investigação levanta suspeitas de que o conselheiro tenha ligação com os milicianos do Escritório do Crime, grupo que pode estar por trás dos homicídios.

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