Dilma a Bolsonaro: "tortura é crime contra a humanidade"
O Monumento Tortura Nunca Mais, no Recife, mostra um corpo preso em posição de "pau de arara" (Créditos: Marcos Guimarães/Wikimedia Commons)
Sobre os elogios feitos ontem (8/VIII) pelo presidente Jair Messias ao torturador Brilhante Ustra (leia no Conversa Afiada: "Pela memória", Bolsonaro recebe viúva de Ustra no Planalto e Joaquim Xavier: Bolsonaro é o coveiro das liberdades), a presidenta Dilma Rousseff publicou nota em seu site:
Sobre elogio à tortura
É grave que um presidente exalte um notório torturador e defenda a tortura como política de Estado. O Brasil está vinculado ao Estatuto de Roma, acordo elaborado sob a égide da ONU e referendado pelo Presidente da República e pelo Congresso Nacional, em 2002.
Nele, a tortura é considerada crime contra a humanidade e é crime imprescritível, conforme também aponta a Convenção das Nações Unidas de 26 de dezembro de 1968.
É inadmissível que um chefe de Estado e de governo defenda a tortura e desrespeite os acordos assinados por seu País violando os princípios fundamentais de civilidade da comunidade internacional.
Dilma Rousseff
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