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Essa defesa do santuarismo amazônico não me pega!

O otimismo brasileiro tem substância
publicado 30/08/2017
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O Putin também acha

O Conversa Afiada localizou o Oráculo de Delfos, em alguma aeronave a caminho de Macapá, no Amapá.

E recolheu esse exaltado depoimento nacionalista:

A Price & Waterhouse fez uma pesquisa sobre como vai ser o mundo daqui a trinta anos.

Os espanhóis ficaram uma fera: a Espanha vai cair do 12o. lugar para o 25o.

A Itália, para o 50o.

E o Brasil passa a Alemanha e o Japão e vai para o 5o.

O otimismo brasileiro tem substância.

Mesmo com a criminosa desindustrialização, com a destruição dos espaços de tecnologia de ponta – veja no Estadão, o Sirius, a maior obra de ciência do país, em Campinas, fechar, porque os Golpistas tiraram o dinheiro –, mesmo com o desmanche dos pontos avançados da industria estratégica – a Petrobras, o programa nuclear, a Eletrobras -, mesmo com a redução da mão de obra a classe média à condição de escravos – com tudo isso, com tudo isso…

Outro dia eu conversei com um diplomata chinês.

E ele me disse que a China será cada vez mais dependente do Brasil.

Não é o contrário?, perguntei.

Não.

Veja isso, disse o diplomata.

E mostrou no celular uma foto de 40 colheitadeiras em linha num campo de soja em Mato Grosso.

Só um lugar do mundo pode dar segurança alimentar à China, ele disse.

(O Putin já tinha dito isso à Dilma, alguém me contou…)

E o minério?

Quando vejo os Caetanos, as ONGs e os globais a defender a Amazônia, penso comigo… hum, aí tem coisa!

(Esse Xico Sá é danado!)

Eu estava num hotel em Manaus outro dia e tomei uma cerveja com um executivo de forte mineradora européia.

Ele disse: só tem duas fronteiras minerais inexploradas no mundo, ainda: a África e o Brasil.

Para explorar na África, você gasta um dinheirão: tem que comprar o chefe da tribo, montar um exército particular, comprar o presidente da República, e mantê-lo no Governo.

E vocês querem entrar para esse mundo, sem gastar um tostão?

Deixa esses minérios aí embaixo das terras indígenas.

Bem guardadinho!

E daqui a trinta anos a gente volta a conversar, disse ele, com franqueza.

Eu digo: sou a favor de explorar os minérios, sim.

Mas a favor de uma exploração em defesa dos interesses brasileiros.

E não dos interesses canadenses e desses monopolistas brasileiros – veja que Gaspari deu o mapa da mina -, que defendem o interesse nacional tanto quanto o Azevedo Antunes, que foi o único proprietário da maior jazida de manganês do mundo, no Amapá, e só deixou lá um buraco!

Portanto, essa defesa hipócrita do santuarismo da Amazônia não me pega.

Cordiais saudações.