Essa defesa do santuarismo amazônico não me pega!
O Putin também acha
O Conversa Afiada localizou o Oráculo de Delfos, em alguma aeronave a caminho de Macapá, no Amapá.
E recolheu esse exaltado depoimento nacionalista:
A Price & Waterhouse fez uma pesquisa sobre como vai ser o mundo daqui a trinta anos.
Os espanhóis ficaram uma fera: a Espanha vai cair do 12o. lugar para o 25o.
A Itália, para o 50o.
E o Brasil passa a Alemanha e o Japão e vai para o 5o.
O otimismo brasileiro tem substância.
Mesmo com a criminosa desindustrialização, com a destruição dos espaços de tecnologia de ponta – veja no Estadão, o Sirius, a maior obra de ciência do país, em Campinas, fechar, porque os Golpistas tiraram o dinheiro –, mesmo com o desmanche dos pontos avançados da industria estratégica – a Petrobras, o programa nuclear, a Eletrobras -, mesmo com a redução da mão de obra a classe média à condição de escravos – com tudo isso, com tudo isso…
Outro dia eu conversei com um diplomata chinês.
E ele me disse que a China será cada vez mais dependente do Brasil.
Não é o contrário?, perguntei.
Não.
Veja isso, disse o diplomata.
E mostrou no celular uma foto de 40 colheitadeiras em linha num campo de soja em Mato Grosso.
Só um lugar do mundo pode dar segurança alimentar à China, ele disse.
(O Putin já tinha dito isso à Dilma, alguém me contou…)
E o minério?
Quando vejo os Caetanos, as ONGs e os globais a defender a Amazônia, penso comigo… hum, aí tem coisa!
Eu estava num hotel em Manaus outro dia e tomei uma cerveja com um executivo de forte mineradora européia.
Ele disse: só tem duas fronteiras minerais inexploradas no mundo, ainda: a África e o Brasil.
Para explorar na África, você gasta um dinheirão: tem que comprar o chefe da tribo, montar um exército particular, comprar o presidente da República, e mantê-lo no Governo.
E vocês querem entrar para esse mundo, sem gastar um tostão?
Deixa esses minérios aí embaixo das terras indígenas.
Bem guardadinho!
E daqui a trinta anos a gente volta a conversar, disse ele, com franqueza.
Eu digo: sou a favor de explorar os minérios, sim.
Mas a favor de uma exploração em defesa dos interesses brasileiros.
E não dos interesses canadenses e desses monopolistas brasileiros – veja que Gaspari deu o mapa da mina -, que defendem o interesse nacional tanto quanto o Azevedo Antunes, que foi o único proprietário da maior jazida de manganês do mundo, no Amapá, e só deixou lá um buraco!
Portanto, essa defesa hipócrita do santuarismo da Amazônia não me pega.
Cordiais saudações.