Fernández: Bolsonaro é um racista e misógino
Alberto Fernández visitou Lula em Curitiba, em 4/VII (Créditos: Ricardo Stuckert)
Poucas horas após o amigo neolibelista Maurício Macri perder de lavada nas prévias previdenciais da Argentina para a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, Bolsonaro deu mais algumas de suas declarações infelizes.
Ontem (13/VIII) pela manhã, Jair Messias profetizou uma horda de refugiados portenhos a inundar o sul do Brasil: o Rio Grande do Sul vai virar Roraima!
Depois, foi a hora de fazer chantagem: ao Globo, assessores do presidente afirmaram que o Brasil poderá sair do Mercosul caso se confirme uma vitória de Fernández no primeiro turno das eleições, em 27 de outubro.
O candidato argentino não ficou calado.
Capa do diário La Nación, de 12/VIII (Reprodução)
Fernández, que visitou Lula em Curitiba em julho deste ano, concedeu entrevista de uma hora ao programa Corea del Centro, do CanalNet de Buenos Aires.
Indagado se as relações com o Brasil serão prejudicadas, Fernández negou: "o Brasil será sempre nosso principal parceiro. Bolsonaro é um elemento da conjuntura na vida do Brasil, como Macri é um elemento da conjuntura na vida da Argentina."
"Agora, em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Eu fico feliz que ele fale mal de mim!", continuou. "[Bolsonaro] é um racista, um misógino, um violento, um sujeito que faz piada sobre a tortura sofrida por Dilma Rousseff..."
Em seguida, Fernández reforçou seu pedido pela liberdade do presidente Lula: "o que eu pediria a Bolsonaro é que deixe Lula livre e se submeta a eleições com Lula livre".
Alberto Fernández também citou o ministro Sérgio Moro e a Vaza Jato do Intercept: "agora estamos descobrindo como esse ministro da Justiça que julgou Lula, que condenou Lula, dirigia os procuradores para que Lula não fosse candidato..."
Reprodução: CanalNet/Corea del Centro
Em tempo: em seu Twitter, o presidente Lula parabenizou Alberto Fernández e Cristina Kirchner.
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