Moro diz que é imparcial e que Lula é parte do passado
(Crédito: Evaristo Sá/AFP)
O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse nesta segunda-feira 14 que não teme a anulação em série de condenações na Operação Lava Jato.
Vale lembrar que, na próxima quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará três ações que questionam as prisões após condenação em segunda instância.
Ao Estadão, Moro voltou seus canhões contra o STF e tornou a defender a atual jurisprudência.
"Foi um grande avanço institucional os precedentes (sic) do Supremo desde 2016 na lavra do ministro Teori Zavascki admitindo execução em 2.ª instância. Afinal de contas o processo tem que ter começo, meio e fim. Minha posição é favorável à atual jurisprudência. Vamos esperar para ver o que o Supremo vai decidir", disse Moro.
O Conge ainda voltou a tentar minimizar os escândalos divulgados pelo Intercept Brasil com a série de reportagens Vaza Jato.
Moro retomou a ladainha de que as revelações se baseiam em "supostas mensagens cuja autenticidade não foi verificada". Disse, ainda, que nelas "não existe nada que justifique a afirmação de afetação da imparcialidade da minha parte".
Sobre o presidente Lula, condenado sem provas no âmbito da Lava Jato, o Conge tentou tirar os holofotes das diversas provas de que ele, Moro, abandonou por completo a imparcialidade que deveria reger um magistrado.
"O ex-presidente faz parte do meu passado. O que existe são condenações em mais de uma instância. O foco no meu trabalho é uma forma de distorcer o que já aconteceu. O julgamento do TRF-4 substituiu o meu. O julgamento do STJ substituiu o da 2.ª Instância. É puro diversionismo focar na minha atuação".
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