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MP pede ao TCU que suspenda contratação de militares para o INSS

"É nítida a reserva de mercado"
publicado 17/01/2020
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(Crédito: Marcos Correa/PR)

O subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu nesta sexta-feira 17/I ao tribunal que suspenda a contratação de militares da reserva para atuar no INSS.

Na última terça, o governo de Jair Bolsonaro informou que irá contratar 7 mil militares para tentar reduzir as filas de atendimento, que já atingem 2 milhões de pessoas.

"Ao meu ver, não pode haver o direcionamento da contratação para os militares da reserva, pois, nesse caso, é nítida a reserva de mercado que o governo federal está promovendo para remediar o impasse das filas de processos pendentes de análise", afirmou o subprocurador no pedido apresentado ao TCU.

Ele também sustentou que o militar da reserva não é um funcionário público aposentado e que a disponibilidade dos militares de reserva visa atender a possíveis necessidades das Forças Armadas, não a necessidades de atividades civis.

Na véspera, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, também criticou a decisão do governo. 

"Militares no INSS? Não tem cabimento. Os funcionários do INSS sabem dar as ideias para a solução. Tem que valorizar a instituição e as soluções irão aparecer. Colocar militares para qualquer coisa é simplismo, falta de capacidade administrativa. É obrigação valorizar as instituições", disse o general nas redes sociais.

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