No G7, Bolsonaro é assunto entre Merkel e Macron
Créditos: Isac Nóbrega/PR
Ontem (sábado, 24/VIII), pouco antes do início do encontro do G7 em Biarritz, França, o presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk, confirmou que os incêndios na Amazônia - e, em especial, a resposta de Jair Bolsonaro à crise ambiental - poderão causar problemas para o acordo entre a Europa e o Mercosul:
"Claro que apoiamos o acordo entre a UE e o Mercosul, mas é difícil imaginar um processo de ratificação enquanto o governo brasileiro permite a destruição da Amazônia", disse Tusk.
Na sexta-feira (23/VIII) o presidente francês Emmanuel Macron chamou o Jair Messias de mentiroso, por não respeitar os compromissos ambientais assumidos durante o encontro do G20 em junho: "nestas circunstâncias, a França se opõe ao acordo com o Mercosul", disse um porta-voz do governo francês.
Ontem, em coletiva na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro reagiu: não vai ligar para o Macron!
"Depois de tudo que ele falou a meu respeito, você acha que vou ligar para ele, pô? Se bem eu estou sendo educado. Se ele ligar, eu atendo. Estou sendo extremamente educado com ele depois de ele me chamar de mentiroso."
Quá, quá, quá!
Macron disse, ao longo da semana, que a devastação da Amazônia seria pauta do encontro do G7.
A agência Bloomberg confirmou.
Em vídeo publicado pela agência no Twitter, o presidente francês conversa com a premier alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson sobre Bolsonaro.
Créditos: Twitter/Bloomberg Tic Toc
Merkel: Eu anunciei que vou ligar para ele na próxima semana, para que ele não tenha a impressão de que nós estamos trabalhando contra ele.
Johnson: Sim, acredito que isso seja importante.
Macron: Quem?
Merkel: Bolsonaro.
Macron: Sim, sim, sim. Eu vou te dizer... (inaudível) Vamos ligar para ele...
Merkel: (inaudível)
Macron: E o nosso chefe de pessoal...
Instantes depois, um segurança tapa a lente do cinegrafista, interrompendo o vídeo.
Em tempo: o encontro do G7 irá se encerrar amanhã, 26/VIII.
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