Oscar 2020: “Democracia em Vertigem” é indicado a melhor documentário
(Reprodução/Netflix)
O documentário “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, foi indicado ao Oscar 2020 na categoria "melhor documentário".
O filme, que narra os bastidores do Golpe de Estado que depôs a presidenta Dilma Rousseff, foi lançado pelo Netflix em junho de 2019.
A obra de Petra Costa, que também dirigiu os premiados “Elena” (2012) e “Olmo e a Gaivota” (2014), já havia entrado na lista do New York Times dos melhores do gênero no ano passado. Esta é a primeira indicação de Petra ao Oscar. Pelo Twitter, ela celebrou a indicação:
Estamos extasiados pela @TheAcademy ter reconhecido a urgência de #DemocraciaEmVertigem. Numa época em que a extrema direita está se espalhando como uma epidemia esperamos que esse filme possa ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias. Viva o cinema Brasileiro! pic.twitter.com/hy9jto2cLD
— Petra Costa (@petracostal) January 13, 2020
Competem com “Democracia em Vertigem” os documentários “American Factory” (Steven Bognar), “The Cave” (Feras Fayyad), “For Sama” (Waad) e “Honeyland” (Ljubo Stefanov).
Pouco após a divulgação da notícia, o presidente Lula - figura de grande importância nos fatos retratados pelo documentário - parabenizou a cineasta Petra Costa:
Parabéns, @petracostal, pela seriedade com que narrou esse importante período de nossa história. Viva o cinema nacional! A verdade vencerá. https://t.co/3gqBpfdZal
— Lula (@LulaOficial) January 13, 2020
Em tempo: em junho de 2019, o Conversa Afiada analisou "Democracia em Vertigem". Leia:
O historialista dos múltiplos chapéus é ardiloso: ele publica o mesmo texto, no mesmo dia, em dois jornais que ficam a 400 km de distância, um do outro, na era da internet!
O Globo e a Folha são as vitimas do ardil, como foram do predecessor do Gaspari, o Paulo Francis, que mentia descaradamente e foi, por isso, expulso da Fel-lha.
O Gaspari já teve o seu momento "intercept"!
Foi quando se soube que o Geisel combinava com o Figueiredo quem deveria morrer!
O Geisel, que o Gaspari esculpiu em mármore de Napolis como o "Sacerdote" da dupla com o "Feiticeiro", que deu o Golpe de 1964 para salvar o Brasil do petebo-comunismo, porque o Jango só gostava de pernas: de coristas e de cavalos.
O Sacerdote e o Feiticeiro são os beneméritos de fluvial obra sobre o que Gaspari chama de "ditadura".
Mesmo depois que se soube que Geisel mandava matar, Gaspari não confessou: não admitiu que de sacerdote Geisel não tinha nada.
Reagiu mais ou menos como Moro: não reconheceu o crime e, se fosse verdade, não tinha nada demais.
O historialista produz nesse domingo 23/VI um ataque virulento, frontal ao magnífico filme "Democracia em vertigem", de Petra Costa.
Magnífico é pouco!
É filme que informa, emociona e descreve com cenas originais e fortíssimas os passos que a extrema-direita (de que Gaspari foi e é um dos sacerdotes) deu para derrubar a Dilma e prender o Lula.
Ela entrevistou Dilma e Lula em circunstâncias decisivas: quando Dilma foi derrotada na Câmara pela quadrilha do Eduardo Cunha (que o Janot deixou solto até perder a serventia); e no Sindicato dos Metalúrgicos, pouco antes de Lula se entregar (e cometer um dos mais graves erros de sua trajetória política...).
(É provável que o advogado da capitulação de Lula tenha sido o mesmo que defendeu Dilma e não ganhou nenhuma causa - o zé da Justiça).
A narrativa de Petra Costa se enriquece com a de sua família, ela mesma dividida entre duas partes: a que serviu à Andrade Gutierrez e à direita, e os pais que recorreram à luta armada e, milagrosamente, sobreviveram a sacerdotes e feiticeiros!
"Democracia em vertigem" é imperdível!
O que já se perdeu são os exemplares encalhados da obra gaspárica que, na editora Intrínseca, devem servir para alimentar ratos.
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