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Pesquisador sofre ameaças após estudar bolsonaristas no WhatsApp

David Nemer retornou às pressas aos EUA
publicado 17/12/2019
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O brasileiro David Nemer, professor de Estudos de Comunicação da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, sofreu ameaças de militantes bolsonaristas após divulgar resultados de sua pesquisa sobre grupos de extrema-direita no Whatsapp.

Nemer, que já foi docente também da Universidade do Kentucky, dedica-se desde 2018 a estudar as redes de ativistas pró-Bolsonaro na internet - em especial, os grupos produtores de fake news.

O professor estava em São Paulo para um encontro com outros pesquisadores da área de comunicação. No dia 12/XII, entretanto, ele recebeu um e-mail anônimo com ameaças.

Não era a primeira vez que o professor Nemer sofre tentativa de intimidação pela internet. Entretanto, desta vez, o e-mail veio acompanhado de uma foto dele próprio, em um parque em São Paulo que havia frequentado dias antes.

"Toda vez que publico um artigo, que sai uma entrevista minha, me mandam um e-mail de intimidação. Mas dessa vez mandaram uma foto, me seguiram", disse David Nemer.


A ameaça recebida por e-mail (Reprodução: Carta Capital)

Segundo reportagem da Carta Capital, David Nemer fez um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil e foi orientado a pegar o primeiro voo de volta aos Estados Unidos, onde vive.

Em seu Twitter, Nemer agradeceu as mensagens de apoio e reforçou o fato de que as ameaças partiram de militantes da extrema-direita.


O professor David Nemer, em foto de seu Facebook (Reprodução)

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