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O ProUni não é mais para os pobres!

Medo do desemprego assombra os mais pobres!
publicado 04/07/2019
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O Golpe dos canalhas e canalhas, que culminou com a nomeação do Conge Ministro da Justissa, realizou uma proeza: o desmanche de uma das obras centrais dos governos Lula e Dilma.

O ProUni não é mais para os pobres:

ProUni tem menor oferta de bolsas integrais e para cursos presenciais


O volume de bolsas integrais do ProUni (Programa Universidade Para Todos) —direcionadas aos alunos mais pobres— vem caindo, enquanto avança a oferta de subsídios para cursos de EAD (educação a distância), em geral de menor qualidade.

Além disso, as vagas EAD passaram a dominar a modalidade de bolsas integrais.

Alterações no perfil de bolsas têm ocorrido pelo menos desde 2016 e se intensificaram neste ano, sob o governo Jair Bolsonaro (PSL).

Na prática, estudantes de baixa renda têm tido menos opções. Para especialistas, o ProUni passa por um esvaziamento de qualidade que compromete o alcance da política.

Criado em 2005, o ProUni teve, até 2015, em média 69% das bolsas na modalidade integral. Esses benefícios são voltados para estudantes com renda per capita de até 1,5 salário mínimo.

O restante é parcial (o aluno precisa pagar metade das mensalidades) e o limite de renda por pessoa sobe para até 3,5 salários mínimos.

Em 2015, por exemplo, 62% das bolsas eram integrais. Neste ano, esse percentual caiu para 45% do total. Dentro do universo dos subsídios integrais, 25% foram de EAD em 2015. Já neste ano, esse índice subiu para 45%. Se consideradas apenas as bolsas do segundo semestre, o percentual foi de 51%.

O EAD correspondia, no total, a 20% das vagas em 2015 e passou a representar 26% neste ano. O setor superior privado registrou 25% das matrículas no ensino a distância em 2017 (dado mais recente), o que segue a tendência geral das bolsas.

Mesmo com um volume maior de bolsas em 2019 do que em 2015 (413.114 e 329.117, respectivamente), há, agora, menos bolsas integrais e para cursos presenciais.

Os candidatos tinham 153.810 vagas com essa configuração em 2015. Neste ano, foram 101.643. (...)

E tem também uma informação colossal, Míriam.

Pesquisa da CNI, Confederação da Industria, mostra que os pobres estão apavorados com a iminência do desemprego, já inscrito no IBGE:

Medo de desemprego cresce mais entre brasileiros com baixa escolarização, diz CNI


Em meio a um cenário em que a retomada consistente do mercado de trabalho não está no horizonte, o receio de perder o emprego cresce mais entre os brasileiros com menor renda e pouca escolarização, segundo os dados divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quarta-feira (3).

Em junho, o indicador que mensura o medo do desemprego entre os brasileiros fechou em 59,3 pontos, ante os 57 pontos de abril. Foi a segunda alta consecutiva, depois da maior queda da série, que ocorreu em dezembro de 2018.

No recorte por formação, o índice avançou em todas as faixas, mas a alta foi mais forte entre os brasileiros que estudaram até a 4ª série do ensino fundamental (de 59 para 65,1 pontos) e os que pararam os estudos entre a 5ª e 8ª série (de 58,4 para 62,5 pontos).

Os dados da CNI casam com as informações sobre o desemprego divulgadas pelo IBGE na sexta-feira (28), segundo o gerente-executivo de política econômica da confederação, Flávio Castelo Branco. (...)

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