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Wagner Moura: a Ancine está destruída!

Burocracia bolsonária quer impedir estreia de "Marighella"!
publicado 09/12/2019
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(Reprodução/O2 Produções)

Em setembro, o Conversa Afiada mostrou que, por conta da burocracia da Ancine, a estreia do longa-metragem Marighella, dirigido por Wagner Moura estava adiada indefinidamente. 

Baseado no livro "O guerrilheiro que incendiou o mundo", do jornalista Mário Magalhães, o filme apresenta Seu Jorge no papel de Carlos Marighella, líder da resistência contra a ditadura militar, assassinado em novembro de 1969.

Ainda sem data de estreia definida no Brasil, Marighella foi exibido neste sábado em um festival de cinema na Universidade de Columbia, em Nova York.

Wagner Moura participou do evento e falou sobre o caso - que classifica como um episódio de censura contra seu filme:

"Eu não gosto de falar do 'Marighella' como um caso isolado: todo o universo da cultura, no Brasil, está basicamente destruído. A Ancine está destruída. Acabada. Game over. E esse é o jeito que eles fazem hoje: a censura não é como a da ditadura militar, que dizia 'isso é proibido'", disse o diretor.

Ele continuou: "hoje eles infiltram pessoas nessas agências, e elas tornam tudo impossível de acontecer. Foi isso que fizeram com 'Marighella'. Eles acharam uma forma de tornar o lançamento impossível do ponto de vista burocrático. Mas nós iremos achar um jeito".

Marighella foi exibido pela primeira vez em fevereiro, durante o Festival de Cinema de Berlim. Em Nova York, foram duas exibições neste fim de semana.

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