Weintraub compartilha mensagem que chama Bolsonaro de traidor
(Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Via Revista Forum - Apesar de ter sido colocado pelo presidente Jair Bolsonaro como um dos integrantes do “pelotão de frente” do governo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, parece ter jogado uma bomba nas trincheiras do ex-capitão. Insatisfeito com a sanção presidencial ao texto do pacote anticrime que prevê a a criação do juiz de garantias, o titular do MEC republicou uma postagem do YouTuber Nando Moura chamando o presidente de traidor.
“Bolsonaro ao sancionar a emenda do FREIXO traiu não só o ministro Sérgio Moro mas TODO o povo brasileiro. Não existe mais nenhuma justiça neste país”, diz a mensagem publicada por Moura e repercutida por Weintraub.
O retuíte foi flagrado pelo presidente da UNE, Iago Montalvão. “Pega essa bomba! Ministro da Educação retuitando um YouTuber que diz que Bolsonaro é um traidor. O negócio tá feio! Crise no governo!”, publicou. A Fórum, então, foi verificar se a postagem constava no perfil do ministro e confirmou o retuíte.
Minutos após a postagem de Montalvão, o ministro apagou a republicação. Weintraub está de férias e, segundo especulações dos bastidores, ele não voltará para o posto em janeiro.
#BolsonaroTraidor
A decisão de Bolsonaro fez apoiadores de Moro lançaram a tag #BolsonaroTraidor. Eles enxergam a sanção como uma traição do presidente ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que esperava que o veto do item que não constava no texto original enviado ao Congresso. O senador Major Olímpio (PSL-SP) tuitou dizendo que chegou a enviar um ofício para Bolsonaro solicitando que se vetasse o tópico, mas “deu tudo errado”.
A emenda que criou o juiz de garantias foi apresentada pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) no grupo de trabalho que formulou o projeto final que foi votado no plenário da Câmara. Esse juiz tem a função de deliberar a respeito de decisões tomadas durante a investigação, antes da instauração de um processo criminal. O intuito é que ele assegure que os direitos individuais do investigado sejam preservados.
O tópico foi um dos que gerou maior discussão no plenário e chegou a ser alvo de emenda do Partido Novo para sua exclusão. A emenda foi rejeitada por 256 a 147.
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