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84% dos chilenos querem mudar a Constituição do Pinochet

"Não voltaremos à normalidade porque a normalidade era o problema"
publicado 05/11/2019
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(Reprodução/Redes Sociais)

85,8% dos chilenos apoiam as manifestações populares que tomam as ruas do país há três semanas e 83,9% defendem mudanças na atual Constituição, herdada da ditadura do sanguinário Augusto Pinochet, ídolo de Jair Bolsonaro. Os dados são de uma pesquisa recém-publicada pela Universidade do Chile.

A palavra de ordem "não voltaremos à normalidade porque a normalidade era o problema" ilustra bem esse cenário. Os protestos vieram à tona após o anúncio de um aumento nas tarifas do metrô, mas logo desembocaram na insatisfação do povo chileno com as políticas neoliberais do presidente Sebastián Piñera, que levaram a um aumento no custo de serviços como educação e saúde e a um violento ataque sobre as aposentadorias.

"Os cidadãos querem ser escutados. Mudanças em temas como aposentadoria, saúde e educação são importantes, mas o estudo indica que as pessoas querem debater e discutir, construindo a partir daí um novo Chile", disse ao jornal O Globo Fabián Duarte, um dos coordenadores do estudo.

Os números ajudam a explicar por que a popularidade de Piñera caiu 21 pontos desde o início dos protestos, chegando a 13%, segundo sondagem divulgada no domingo 3/XI pelo Instituto Candem. É a pior avaliação de um presidente desde a redemocratização do Chile.

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