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América Latina terá o pior crescimento em 70 anos!

Culpa do neoliberalismo de Guedes e companhia...
publicado 13/12/2019
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Macri e Guedes, dois expoentes do neoliberalismo latino-americano (Originais: José Cruz/Ag. Brasil e Reprodução/Casa Rosada)

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas dedicado à integração e cooperação econômica no continente, divulgou um novo relatório nesta quinta-feira 12/XII, que aponta para o pior crescimento na região nas últimas sete décadas.

Para a Cepal, o avanço médio do Produto Interno Bruto (PIB) dos países do subcontinente deve ficar em incríveis 0,1% em 2019.

Um colosso!, diria o ansioso blogueiro...

Segundo a entidade, os países da América Latina e Caribe apresentam uma trajetória de baixo crescimento desde 2014 - justamente o período de ascensão do neoliberalismo na região.

E a solução?

Segundo a mexicana Alícia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, a América Latina precisa abandonar os preceitos dos Xi! Cago Boys e dos neolibelistas - como Paulo Guedes no Brasil e Maurício Macri na Argentina - e tornar a permitir a intervenção direta dos governos na economia: "o papel do Estado é fundamental. Necessitamos que os países revisem suas políticas. O mercado não resolverá tudo sozinho. Devemos priorizar políticas de desenvolvimento sustentável. Estamos em um péssimo momento, o pior dos últimos setenta anos, e temos que apresentar soluções para o crescimento, desigualdade e sustentabilidade ambiental", afirmou.

Entre os 33 países do subcontinente, 23 deverão apresentar crescimento mais fraco em 2019, enquanto outros 14 apresentarão expansão econômica inferior a 1%. Além disso, o PIB per capita diminui 4% entre 2014 e 2019.

Para 2020, a projeção da Cepal para o PIB latino-americano é de crescimento de 1,3%. Já a economia do Brasil deve crescer 1% em 2019 e 1,7% em 2020 - crescimento inferior ao previsto pelo Relatório Focus do Banco Central, que é de 1,10% para este ano e 2,24% para o ano que vem.

Em tempo: as revoltas populares que sacudiram a América do Sul entre outubro e novembro são, principalmente, revoltas contra o neoliberalismo. A eleição de Alberto Fernández na Argentina, também. E aqui, quando a canoa irá virar?

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