O Brasil é um deserto de inovação tecnológica
Pais do pau-brasil será copeiro do banquete dos poderosos
publicado
14/04/2019
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O professor Wanderley Guilherme dos Santos já demonstrou que o Brasil vai ser o copeiro do banquete dos poderosos.
É o país do pau-brasil.
Agora, uma pesquisa de doutor da USP, Paulo César Morceiro comprova a tragédia onde só se trata de "ajuste", "previdênssia" e se canta galinha, especialmente em Alcântara:
Brasil perde empresa de alta tecnologia antes de se tornar um país inovador
A indústria de alta tecnologia —que impulsionou a capacidade de inovar e o desenvolvimento de nações ricas como Estados Unidos, Alemanha e Coreia do Sul— está encolhendo no Brasil antes mesmo de deslanchar.
A constatação está em um estudo que mapeia, pela primeira vez, a evolução do peso de diferentes segmentos industriais no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ao longo de décadas e indica que o país vive um rápido e precoce processo de desindustrialização.
Somados, os cinco segmentos da indústria mais sofisticada entraram nos anos 1980 com uma participação de 9,7% no PIB, depois de uma fase de expansão na década anterior.
Em 2016 —ano mais recente para o qual o recorte é possível—, essa fatia havia recuado para apenas 5,8% do PIB.
Os segmentos mais sofisticados reúnem a indústria de eletrônica e informática; máquinas e equipamentos; química; automobilística e farmacêutica.
As conclusões são do economista Paulo César Morceiro, que terminou seu doutorado na USP (Universidade de São Paulo) em 2018.
O trabalho, orientado pelo pesquisador Joaquim Guilhoto, da USP e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), resultou em análises inéditas sobre a trajetória da indústria brasileira.
O setor como um todo atingiu, em 2018, sua menor participação no PIB desde 1947. Ele recuou para apenas 11,3%, menos da metade do pico de 27,3% atingido em 1986.
Comparada ao ocorrido em países que se desenvolveram, a queda rápida indicava um processo de desindustrialização precoce. Mas, para fechar esse diagnóstico, o ideal seria analisar o comportamento individual de cada setor, como Morceiro fez agora.
Os dados revelam que nenhum segmento da indústria brasileira ganhou participação no PIB entre 1980 e 2016. Entre 13 setores mapeados em quase quatro décadas, 11 perderam peso e 2 ficaram estagnados. (...)
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