Com Bolsonaro, informalidade bate record. Adeus, CLT!
(Charge: Aroeira)
Em 2019, o primeiro ano do governo (sic) de Jair Bolsonaro, a informalidade no mercado de trabalho bateu record. Reportagem do G1 nesta quarta-feira 25/XII lembra que as pessoas que trabalham por conta própria e sem carteira assinada chegaram a 41%, maior proporção desde 2016, quando o IBGE passou a apurar esse índice. Ou seja, de cada 10 trabalhadores, 4 estão na informalidade.
"O trabalhador desempregado passa a fazer bicos, trabalhar em novas atividades, abaixo do nível de qualificação e tempo disponível, mas ele aceita isso porque precisa gerar alguma renda para a família", afirma ao G1 Carlos Honorato, consultor econômico e professor da FIA e Saint Paul.
Um dos personagens ouvidos pela reportagem é Julio Cesar Martins, de 48 anos. Ele é bacharel em Administração e já trabalhou como supervisor financeiro (com carteira assinada e todos os benefícios a que tem direito um funcionário CLT). Além de uma renda de quse R$ 10 mil, trabalhava em horário comercial e folgava aos finais de semana. Hoje, como motorista de aplicativo, Martins conta que precisa trabalhar pelo menos 12 horas por dia para receber cerca de R$ 6,5 por mês, sem contar as despesas com o carro (manutenção e combustível, por exemplo).
“Saio de casa todos os dias às 4h30 e vou até 16h. Tenho que pagar manutenção, combustível, multas, IPVA, licenciamento, limpeza, e o valor que recebo não bate com todos esses custos”, lamenta.
Como o Conversa Afiada mostrou mais cedo nesta quarta, o pessimismo com a Economia sob Bolsonaro segue fortíssimo.
Gabriel Obelino de Souza tem 19 anos e trabalha como vendedor ambulante de balas. Ele percorre diariamente toda a Avenida Paulista, em São Paulo, e nunca leva para casa mais de R$ 800 mensais, valor com o qual sustenta, além de si próprio, a mãe, impedida de trabalhar, e o irmão de oito anos. Em entrevista à reportagem da Folha de S.Paulo na edição desta quarta-feira 25/XII, o jovem não espera que 2020 seja melhor do que 2019.
“Pra gente, com o Bolsonaro, só piorou. A única coisa que ele faz é falar de arma. Emprego mesmo não tem”, afirmou ao jornal.
Segundo o Datafolha, o otimismo em dezembro do ano passado, às vésperas da posse de Jair Bolsonaro como presidente, atingia 65% dos entrevistados, independentemente de faixa salarial. Eles projetavam uma melhora na situação da Economia para 2019. Na pesquisa de dezembro deste ano feita pelo mesmo instituto, só 39% das pessoas que recebem até dois salários mínimos acreditavam numa evolução econômica.
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