Como os neolibelês cavalgam sobre os velhinhos

Nos tempos de sombra e cinza do Governo do Príncipe da Privataria, o regente da Privataria Tucana, o ansioso blogueiro editava e apresentava o Jornal da Band.

Mereceu, então, em casa, a honrosa visita do notável economista neolibelês, hoje incansável militante do Verdismo, André Lara Resende, que o Ricardo Melo prefere chamar de André Haras Resende, já que transporta de avião seus cavalos para competir nos prados de Londres!

Haras Resende chegou por sugestão do próprio Presidente Privateiro, na missão de “fazer a cabeça” dos “formadores de opinião”…

Haras Resende tinha acabado de chegar do Chile como quem chega de Jerusalém libertada.

Do Chile pinochetiano, dos Chicago Boys, que está na origem do “pensamento” neolibelês que nos persegue.

Haras Resende estava entusiasmado com a Privatização da Previdência Social no Chile!

Tirar o Estado do caminho, equilibrar o Orçamento, e dar aos cidadãos o sagrado direito de “escolher”!

Escolher a Previdência privada – ou seja, um banco privado, como aqueles em que o Haras Resende militou, desde quando não tinha cavalos.

E como isso poderia ser a solução para a Previdência brasileira, que, já, naquela altura do Paleolítico neolibelista, estava ameaçada de iminente “rombo”!

A Previdência está para arrombar-se sempre que os neolibelistas (e seus banqueiros) se aproximam do cofre do Poder!

E por aí foi a ladainha do Haras Resende.

Por encomenda do Príncipe!

O Príncipe nem seu cavaleiro conseguiram “fazer a cabeça” do Brasil.

É o que Traíra vai tentar fazer agora.

Sem precisar convencer nenhum “formador de opinião”.

Porque já estão todos convencidos!

Em tempo: no livro “Cabeças de Planilha”, Luis Nassif descreve a operação de lançamento do Plano Real, em que suspeita do “republicanismo” do banqueiro Haras Resende, naquela altura a serviço do Plano. Leia a entrevistaque o ansioso blogueiro fez, então, com o Nassif. Em tempo 2: no livro “O Quarto Poder – uma outra história” há pormenorizada descrição do papel de Haras Resende na renegociação da dívida brasileira, quando FHC entregou a rapadura aos bancos.

Em tempo 3: num debate na USP, Thomas Pikettylamentou que tivesse sido convidado para debater com economistas e se viu cercado de banqueiros – um deles era o Haras Resende, que desempenha o papel de economista quando há muitos banqueiros na sala – quando, por exemplo, se reúne o Estado-Maior da Bláblárina, a quem assessorou desprendidamente.

PHA