Guedes dá o tiro de misericórdia na engenharia brasileira
A 50a edição do Fórum Econômico Mundial teve início nesta terça-feira 21/I em Davos, nos Alpes suíços. O evento irá reunir cerca de 2.800 participantes de 118 países - boa parte da elite financeira global e dos principais chefes de estado.
O presidente Jair Bolsonaro não irá participar do encontro, nem seu chanceler Ernesto Araújo. O governo brasileiro será representado pelo ministro (sic) da Economia (sic) Paulo Guedes.
Para além da comitiva presidencial, o Brasil terá como ilustres representantes o governador de São Paulo João Doria e o presidenciável Luciano Huck...
O ministro Guedes, esse arauto do neolibelismo, deverá aproveitar o encontro em Davos para divulgar mais um importante passo para o desmonte completo da economia brasileira: a adesão do país ao Acordo de Compras Governamentais (o GPA, a partir da sigla em inglês, Government Procurement Agreement) da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo reportagem do Valor Econômico - aqui no Conversa Afiada também conhecido por PiG Cheiroso - o GPA concede a isonomia de tratamento entre empresas nacionais e estrangeiras nos processos de licitação pública dos países signatários
São afetadas as compras governamentais em áreas como bens, serviços e infraestrutura.
Ao abrir o mercado para grandes empresas estrangeiras, o governo Bolsonaro acena à elite econômica global: o país está aberto para exploração.
E, ao mesmo tempo, dá um tiro de misericórdia em importantes segmentos da economia, como a engenharia pesada.
É o fim derradeiro da chamada política de conteúdo nacional do governo Lula.
Ou da margem de preferência de até 25% para produtos nacionais em licitações, concedida pelo Plano Brasil Maior da presidenta Dilma Rousseff.
Trata-se da pá de cal em um setor da economia devastado pelas irresponsabilidades da Operação Lava Jato.
Uma operação que causou a demissão de cinquenta mil engenheiros e fez as empreiteiras encolherem 85% em três anos.
Guedes, já louvado pelo dito "mercado" em Davos, dá continuidade à política de terra arrasada dos Moros e Dallagnóis.
Nem o FHC, príncipe da privataria, foi tão longe...
Em tempo: a propósito, não deixe de assistir à entrevista exclusiva concedida à TV Afiada pelo renomado advogado Walfrido Warde, autor do livro "O Espetáculo da Corrupção", em que apresenta uma instigante e competente análise sobre como combater a corrupção sem destruir a Economia.
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