IBGE admite que o PIB está errado!
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira 3/XII o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) para o terceiro trimestre de 2019: entre os meses de julho e setembro deste ano, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país cresceu incríveis... 0,6%!
Um colosso!, diria o ansioso blogueiro...
O PiG comemorou como se fosse um "pibaço"!
O mesmo PiG que chamava os números da presidenta Dilma Rousseff, 4,5 vezes maiores, de "pibinho"...
O resultado comprova a lenta recuperação da economia - um ritmo ainda mais fraco daquele que se esperava no início de 2019.
Trata-se da pior retomada dos últimos quarenta anos, afirmou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em agosto!
Além disso, levantou-se a possibilidade de que os dados do PIB estivessem incorretos!
A suspeita partiu do jornal britânico Financial Times (FT), a bíblia do mercado financeiro global: segundo reportagem, o ministério da Economia do Brasil - sob comando do ministro (sic) Paulo Guedes - revisou duas vezes em apenas uma semana os números das exportações brasileiras - o que pode indicar que o PIB do terceiro trimestre foi calculado com base nos valores errados.
Na noite desta quarta-feira 4/XII o IBGE admitiu o deslize: afirmou que os dados relativos às exportações brasileiras não eram compilados desde setembro. Com isso, o órgão afirmou que os números revisados do PIB do terceiro trimestre serão divulgados em 4/III/2020 - junto à publicação dos valores referentes ao período final de 2019.
Segundo o FT, erros como esse trazem suspeitas sobre o real desempenho da economia do Brasil: "as diversas revisões e a possibilidade de novas correções no futuro próximo levantam, pela primeira vez, dúvidas sobre a precisão dos dados da economia brasileira - números há muito tempo vistos como exemplos de transparência entre as nações emergentes", afirma o jornal.
Em tempo: o Governo Federal jogou a culpa em um servidor público: a falha teria sido causada por um programador que, ao calcular os números do PIB, esqueceu de acrescentar um comando extra para a leitura de todos os dados.
O ASSIBGE, sindicato dos funcionários do IBGE, afirmou que o erro pode ser resultado das políticas de precariedade e desmonte dos quadros da instituição, "processo que também vitima o IBGE e representa um risco real ao sistema estatístico nacional".
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