Inflação desacelera porque não tem demanda!
No início da tarde desta sexta-feira, 9, o PiG se assanhou com a notícia de que a inflação desacelerou em novembro.
"É a menor taxa para novembro em 18 anos", gritava O Globo.
Pouco antes, o Diário do Comércio apontava que a principal rua comercial da capital paulista, a duas semanas do Natal, está às moscas:
Dezembro, o mês mais esperado do ano,, parece ainda não ter chegado para os comerciantes da rua 25 de março.
O maior shopping a céu aberto da América Latina mostra um movimento muito menor do que o que se verificou no mesmo período em anos anteriores.
A tradicional rede de lojas Armarinhos Fernando – com quatro unidades na rua 25 de março e uma na rua Carlos de Souza Nazareth, na mesma região -, tem espaços à vontade para quem quer fazer suas compras.
“O mês de dezembro não começou bem. As vendas caíram 10% em relação ao mesmo período do ano passado (...), diz Derivaldo dos Santos, gerente de uma das lojas da rede.
(...)
A coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, constatou: "Tem efeito da recessão. As pessoas de fato não estão comprando. Vestuário, passagens aéreas, que estão caindo. Em vários itens podemos ver o efeito demanda, que fez com que a taxa (do IPCA) fosse contida".
É claro!
Os preços não sobem porque não tem demanda!
Mesmo produtos que são tradicionalmente procurados no Natal, como as carnes, têm demanda reprimida - por isso o reajuste de apenas 0,22%.
Explica Eulina: "Embora a arroba do boi tenha subido muito em outubro e elevado o preço ao consumidor, a reação da demanda impediu que esse preço continuasse. Está faltando demanda. Por outro lado, o frango subiu".
Como diziam os búlgaros nos anos 1940, "em tempo de guerra, urubu é frango".
Assim, fica difícil até para a Cegonhóloga colar a queda da inflação no Traíra...
Leonardo Miazzo