"Mercado" teme o "risco Bolsonaro"
O "risco" em encontro com empresários em São Paulo, 11/VI/2019 (Créditos: Alan Santos/PR)
Flávia Furlan e Talita Moreira, no Valor - aqui, no Conversa Afiada, também conhecido pela alcunha "PiG cheiroso" - informam que investidores e banqueiros já levam em consideração mais um fator na decisão de (não) aplicar dinheiro no Brasil.
Além do baixo crescimento da economia (trata-se da pior recuperação econômica em quarenta anos, segundo a FGV), o "mercado" também está preocupado com as declarações do presidente Jair Messias sobre a questão ambiental e as ofensas dirigidas a outros líderes mundiais - como o presidente francês Emmanuel Macron e a ex-presidente chilena Michelle Bachelet.
Tal fenômeno já tem nome: é o "risco Bolsonaro".
"Comitês de investimento e conselhos de administração de grandes fundos estão cada vez mais resistentes a alocar no Brasil por causa do que chamam de 'retrocesso civilizatório'", disse ao Valor um representante do "mercado". "Esse tipo de conflito pode sim reduzir os investimentos no país".
É uma afirmação semelhante àquela feita pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) ontem (5/IX), em uma palestra sobre perspectivas sobre investimentos no Brasil: "Não é uma coisa correta, todos os dias, produzir incidentes internacionais e nacionais. Não é algo que ajuda o Brasil".
Em tempo: o mês de agosto teve uma fuga record de investimentos estrangeiros na Bolsa: mais de R$ 10 bilhões.
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