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O campeão da Black Friday é o papel higiênico!

Acusações de "black fraude" subiram 50,5%...
publicado 02/12/2019
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Magazine Luíza vendeu treze mil quilômetros de papel! (Originais: Karen Arnold/Pixabay e Elisa Riva/Pixabay)

A Black Friday já se tornou uma data importante para o varejo no Brasil.

Como acontece nos Estados Unidos, trata-se de uma espécie de "pré-temporada" para as vendas no Natal: os lojistas e as grandes redes utilizam o evento para medir a temperatura e se planejar para o movimento do comércio durante o fim do ano.

Em 2019, o faturamento das lojas online cresceu entre 20% e 30% em relação à Black Friday de 2018, a depender de cada site. Entretanto, o tíquete médio - o valor gasto por cada consumidor - subiu apenas 1,9%.

Houve também um aumento das reclamações dos consumidores sobre promoções falsas - as chamadas black fraudes. O site Reclame Aqui registrou mais de sete mil casos entre a manhã de quarta-feira 27/XI e a tarde de sexta-feira 29/XI.

É um volume 50,5% superior ao apurado na Black Friday de 2018.

Também podemos utilizar os padrões de compras da Black Friday para analisar algumas tendências históricas da economia brasileira.

Em 2015 - último ano "completo" do governo Dilma Rousseff - os produtos mais vendidos da Black Friday foram eletrônicos: smartphones, televisores, tablets.

Em 2016, logo após o Golpe, assumiram a dianteira os eletrodomésticos - itens de valor agregado ligeiramente inferior.

E em 2019?

Segundo um dos maiores varejistas do Brasil, o Magazine Luíza, o produto mais vendido na Black Friday deste ano foi o... Papel higiênico!

Foram 960 mil unidades do produto.

Um total de treze mil quilômetros de papel!

Segundo a Revista Exame, o pacote com 24 rolos saiu a R$ 10,90...

O Extra, rede de supermercados do Grupo Pão de Açúcar, registrou alta de 30% em ítens básicos de alimentação: arroz, feijão, açúcar.

"As pessoas têm enxergado na data uma oportunidade para comprar e estocar produtos de uso da casa, como higiene, limpeza e até mesmo alimentos", disse Israel Nacaxe, fundador de uma agência de análise de mercado.

Será esse um prelúdio do retorno aos hábitos do Governo Sarney, quando o brasileiro fazia estoque de comida, com medo da desvalorização da moeda?

Em tempo: os grandes lojistas perderam uma ótima oportunidade de fazer promoção de carne vermelha...

Em tempo2: na verdade, o governo Bolsonaro promove uma Black Friday constante: é a privatização da Petrobras, da Eletrobrás, do Banco do Brasil, da Base de Alcântara... É a Black Friday movida a privataria turbinada!

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