Prêmio Nobel Krugman esculhamba Ilan do Itaúúú

Para Krugman, guerra comercial não será tão ruim

A guerra comercial não será tão ruim como se pensa, afirmou Paul Krugman, prêmio Nobel de economia, em palestra no Experience Club, em São Paulo.

Conforme o economista e professor da Universidade de Princeton, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou no episódio da renegociação do acordo de livre comércio com o México e o Canadá que não queria realmente "destruir o Nafta" e o governo acabou celebrando um novo pacto similar ao anterior, mas com outro nome. "Acho que Trump não quer, na verdade, causar uma disrupção no comércio com a China", ponderou.

(...) Krugman criticou as políticas monetária e fiscal adotadas pelo Brasil há três anos, quando o país entrou na maior recessão da história, que classificou como "perversas". Segundo ele, o "Brasil teve uma crise de país desenvolvido, mas respondeu como uma política de subdesenvolvido", devido a um trauma com o passado de hiperinflação. O economista ponderou que em um momento no qual o desemprego estava "muito elevado, o BC brasileiro subiu os juros em uma magnitude catastrófica", ao mesmo tempo o governo implementou uma austeridade fiscal extrema que "piorou muito o cenário" e atrasou a recuperação da economia.

Conforme Krungman, o Brasil tem um quadro de desequilíbrio fiscal que tem de ser enfrentado, mas as políticas de austeridade nos anos recentes foram um erro. Sobe os desafios do país na atualidade, o acadêmico indicou que o Brasil precisa "mudar para uma economia de exportação" em lugar de produzir com foco principalmente no mercado doméstico.