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No Uruguai, general Villas Bôas iria em cana!

Presidente manda prender militar que dá pitaco em política!
publicado 13/09/2018
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Do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):

Uruguai manda prender comandante do Exército por dar opinião sobre lei


O comandante em chefe do Exército do Uruguai, Guido Manini Ríos, ficará preso por 30 dias por opinar sobre um projeto de lei proposto pelo governo do país. A sanção foi imposta na segunda-feira. O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, comentou nesta quarta-feira a detenção:

— [O militar] atua de boa fé e com a lealdade institucional que devem ter as Forças Armadas, mas se equivocou. Em função disso, sofreu sanções — disse Vázquez, segundo declarações difundidas no portal da Presidência.

Manini Ríos permanecerá preso por 30 dias a partir da próxima segunda-feira, em um momento em que o governo tenta passar no Parlamento uma reforma do sistema de pensões militares e uma nova lei orgânica para as Forças Armadas.

A Presidência afirma na página da internet que a Constituição e outras normas locais estabelecem que os militares “não podem interferir com opiniões sobre projetos de lei”.

(...) Esta não é a primeira vez que o general se envolve em polêmicas. Em novembro do ano passado, Manini Ríos foi acusado pela Organização de Mães e Familiares de Detidos Desaparecidos durante a ditadura militar uruguaia (1973-85), de ter mentido sobre a localização dos restos mortais de um desaparecido.

Em julho, o general publicou em sua conta no Twitter, uma homenagem ao coronel Artigas Álvarez, assassinado em 1972, irmão do ex-ditador Gregório Álvarez. Diante de uma chuva de duras críticas, o general afirmou que a homenagem era “parte de uma política institucional de recordar os companheiros caídos em combate”.

Em agosto, o general publicou a foto de um quadro com a inscrição “Quando a pátria está em perigo, não há direitos para ninguém, apenas deveres”, e afirmou manter “o mesmo espírito que anima todo o Exército apesar das dificuldades”.
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