Roda Morta não usa mais o Chico
Quem mandou fazer propaganda de graça?
publicado
23/11/2016
Comments
Do Tijolaço, de Fernando Brito:
TV Cultura bane “Roda Viva” do Chico do “Roda de Amigos” do Temer"
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
Chico Buarque sentiu-se desconfortável. Mas, como é homem de palavra, não revogou a cessão de sua música “Roda Viva” do programa de extinto jornalismo que leva este nome da TV Cultura. “”Chico (…) deu autorização para o uso da canção no programa e vale o que está escrito” disse a assessoria do compositor.
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas como pistoleira que virou, a TV Cultura se antecipou e baniu o Chico Buarque que por tanto tempo lhes cedeu a música, com a desculpa esfarrapada de que ” já previstas (ações) de atualização da atração, passa a ter nova trilha sonora a partir desta segunda-feira”.
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá.
Roda Viva já foi proibida uma vez, pelo obscurantismo do golpe. Não sem antes ter sido alvo de grupos nazistoides que invadiam e depredavam teatros e agrediam atores da peça que levava o nome da canção.
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
Chico, outra vez, sai maior deste espetáculo de intolerância redivivo. Ele ainda tem muito a mostrar, dizer e dar ao povo que moldou o artista genial.
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Alguns dos bajuladores que transformaram o programa em declarações sabujas à beleza de Temer e ao seu “entender” de romances talvez sintam, no que ainda lhes sobrar de dignidade, que fizeram um gigante ser trocado por um anão.
Quando a poeira tiver baixado e o tempo corrigir este equívoco da História eles e seu anão de estimação serão nada, e Chico Buarque ainda será um monumento à arte, à inteligência e à grandeza do povo brasileiro.
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
Chico Buarque sentiu-se desconfortável. Mas, como é homem de palavra, não revogou a cessão de sua música “Roda Viva” do programa de extinto jornalismo que leva este nome da TV Cultura. “”Chico (…) deu autorização para o uso da canção no programa e vale o que está escrito” disse a assessoria do compositor.
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas como pistoleira que virou, a TV Cultura se antecipou e baniu o Chico Buarque que por tanto tempo lhes cedeu a música, com a desculpa esfarrapada de que ” já previstas (ações) de atualização da atração, passa a ter nova trilha sonora a partir desta segunda-feira”.
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá.
Roda Viva já foi proibida uma vez, pelo obscurantismo do golpe. Não sem antes ter sido alvo de grupos nazistoides que invadiam e depredavam teatros e agrediam atores da peça que levava o nome da canção.
A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
Chico, outra vez, sai maior deste espetáculo de intolerância redivivo. Ele ainda tem muito a mostrar, dizer e dar ao povo que moldou o artista genial.
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Alguns dos bajuladores que transformaram o programa em declarações sabujas à beleza de Temer e ao seu “entender” de romances talvez sintam, no que ainda lhes sobrar de dignidade, que fizeram um gigante ser trocado por um anão.
Quando a poeira tiver baixado e o tempo corrigir este equívoco da História eles e seu anão de estimação serão nada, e Chico Buarque ainda será um monumento à arte, à inteligência e à grandeza do povo brasileiro.
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração