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Ataque de Trump mata principal general do Irã

Qassem Soleimani era o chefe da Guarda Revolucionária
publicado 03/01/2020
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Mísseis de Trump atingiram o carro do general Soleimani em Bagdá (Reprodução: Agência Fars)

Um ataque da Força Aérea dos Estados Unidos na madrugada desta sexta-feira 3/I matou Qassem Soleimani, general da República Islâmica do Irã, nas proximidades do aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque.

Soleimani tinha 62 anos e era o chefe da "Força Quds", uma unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã. O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, comandante das "Forças de Mobilização Popular", uma milícia iraquiana alinhada ao governo do Irã.

O governo dos Estados Unidos acusa a Guarda Revolucionária de estar por trás do ataque contra a embaixada norte-americana no Iraque, no último dia 31/XII. Na ocasião, centenas de manifestantes invadiram os jardins da representação diplomática. A ocupação do prédio teria sido uma resposta ao ataque aéreo dos EUA contra milícias pró-Irã na Síria e no Iraque, no dia 29/XII.

Desde 2014, o governo do Irã e a Guarda Revolucionária lutam contra o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) no Iraque e na Síria.

O ataque poderá aumentar ainda mais as tensões entre Irã e os aliados dos EUA na região.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou que a ordem para o ataque contra o general Soleimani partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o Pentágono disse que a Guarda Revolucionária planejava novos ataques contra alvos norte-americanos no Oriente Médio.

O governo iraniano reagiu imediatamente. O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamanei, afirmou que a morte do general Soleimani irá motivar ainda mais a população do país contra os ataques de Donald Trump: "a luta de resistência continuará com força dobrada. Uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa", disse o aiatolá em um comunicado divulgado pela televisão estatal.

Já Hassan Rouhani, presidente do país, prevê uma resposta contra os Estados Unidos: "a morte de Soleimani tornará o Irã mais forte para resistir ao expansionismo norte-americano e para defender nossos valores. O Irã e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão".

Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, classificou o ataque contra o general Soleimani como "um ato de terrorismo" promovido pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o chanceler, a ofensiva promove "um aumento das hostilidades extremamente perigoso e imprudente".

O primeiro-ministro do Iraque, Adil Mahdi, afirmou que o ataque nas proximidades do aeroporto de Bagdá violou as condições para a presença de tropas norte-americanas no país.

O Departamento de Estado norte-americano pediu que todos os cidadãos dos EUA deixem o Iraque "o mais rápido possível", por via aérea ou terrestre.

Nas bolsas asiáticas, o preço do barril de petróleo subiu cerca de 4% após o ataque.

Em tempo: no Twitter, os termos mais citados na manhã desta sexta-feira 3/I fazem referência a uma possível "terceira guerra mundial"...


Os trending topics do Twitter nesta manhã... (Reprodução)

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