Bolsonaro diz que não aceitará passivamente operação contra fake news
Crédito: Blasting News
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu em defesa dos alvos da operação da Polícia Federal no inquérito que apura fake news e ataques a integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).
Na última quarta-feira (27/V), a PF cumpriu mandados de ordem e apreensão contra nomes ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’.
Entre os alvos de buscas estão o fundador do site Terça Livre, Allan dos Santos, Sara Winter, o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, Edgard Corona, Reinaldo Bianchi, Winston Rodrigues, Bia Kicis, Carla Zambelli, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Luciano Hang e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL).
Nas redes sociais, Bolsonaro falou em não aceitar passivamente a decisão do STF.
"Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia", publicou o presidente.
"Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente", ameaçou.
No Twitter, Bolsonaro citou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, que conduz as investigações no Supremo.
- A liberdade de expressão segundo o Ministro Alexandre de Moraes. pic.twitter.com/cLBRXX1sfM
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 28, 2020
Ruptura com a democracia
Em entrevista a Allan dos Santos, dono do site Terça Livre, que também foi alvo da operação, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi explícito ao falar de uma ruptura institucional no Brasil
"Não é mais se, mas quando isso [a ruptura] irá ocorrer", afirmou. Veja o vídeo.
Não "se", mas "quando"
— Conrado Hubner (@conradohubner) May 28, 2020
"Falando bem abertamente, não é mais uma opinião de se, mas de quando vai ocorrer uma ruptura"
(Eduardo Bolsonaro há pouco) pic.twitter.com/vrpe2wquZZ