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Comandante iraniano assume que avião foi abatido por míssil

Chanceler do Irã culpa Estados Unidos por aumento das tensões
publicado 11/01/2020
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Técnicos iranianos trabalham no local da queda do avião, em Teerã (Reprodução: PressTV)

Neste sábado 11/I, o governo do Irã assumiu a responsabilidade pela queda de um Boeing 737-800 na quarta-feira 8/I em Teerã, capital do país.

Autoridades do Irã afirmaram que o incidente foi causado por um "erro humano", sem entrar em maiores detalhes. Entretanto, no dia 9/I, fontes da inteligência dos Estados Unidos afirmaram que a aeronave havia sido atingida por um míssil iraniano.

No mesmo dia, o jornal New York Times divulgou um vídeo que mostra o momento em que um foguete atinge o Boeing.

O avião, pertencente a uma companhia da Ucrânia, levava 176 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Todos morreram na queda.

Aproximadamente às 9:00 deste sábado (hora de Brasília), o general Amirali Hajizadeh, comandante das tropas aéreas da Guarda Revolucionária do Irã, divulgou maiores informações sobre o incidente.

Segundo o general, em comunicado transmitido pela TV estatal iraniana, o Boeing sobrevoou a região próxima a uma base da Guarda Revolucionária - a força de segurança interna do Irã. Entretanto, o avião foi confundido com um míssil de cruzeiro - uma espécie de foguete de longo alcance guiado remotamente - e, em seguida, abatido por um míssil antiaéreo de curto alcance.

Ele também afirmou que o míssil foi lançado sem ordens superiores da Guarda Revolucionária ou de qualquer outro ramo das Forças Armadas iranianas - um soldado efetuou o disparo por conta própria, após uma interferência das comunicações.

"Preferia estar morto a testemunhar um acidente como esse", disse o general Hajizadeh.

Em seu Twitter, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, prestou condolências às vítimas do incidente, mas afirmou que "o erro humano, durante uma crise causada pelo aventureirismo norte-americano, levou ao desastre".

Em tempo: o general Qassem Soleimani, morto em um ataque norte-americano no dia 3/I, era o líder da Força Quds - a tropa de elite da Guarda Revolucionária.

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