Conge derruba Padilha na Netflix
No centro, de óculos escuros, outro publicitário Narciso (Reprodução/Getty Images)
De Daniel Castro, no Notícias da TV:
Uma das grandes apostas da Netflix para emplacar no Brasil, a série O Mecanismo acabou tendo efeito contrário: política demais, conseguiu irritar esquerda e direita ao fazer um retrato pouco fidedigno da Operação Lava Jato. A segunda temporada da atração chega ao streaming no próximo dia 10, mas dificilmente ganhará novos episódios.
O primeiro motivo é o sucesso: a Netflix não divulga números, então é impossível saber se a série teve audiência. Porém, ao contrário do que ocorreu com 3%, primeira produção nacional no Brasil, que obteve boa aceitação em outros países, O Mecanismo não repercutiu mundo afora. Afinal, é complicado explicar um tema tão brasileiro para estrangeiros --ao contrário do que pensa o chefão da plataforma.
A segunda razão para que as aventuras dos policiais federais vividos por Selton Mello e Carol Abras cheguem ao fim está na própria equipe. Criadora da série ao lado de José Padilha, e roteirista de todos os episódios, Elena Soarez (de Filhos do Carnaval) já está envolvida com um novo projeto na Netflix --ela vai fazer Futebol, um dos 30 projetos anunciados pela empresa na semana passada.
(...) Há ainda uma motivação política (ou apolítica) da plataforma. O Mecanismo, como foi dito, conseguiu promover a união de um Brasil partido ao meio. O problema é que, ao contrário do que era esperado, ela uniu esquerdistas e conservadores em uma corrente contrária. De Dilma Rousseff a Aécio Neves, todo mundo levou disparos do canhão destruidor de Elena e Padilha.
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Em tempo: para saber mais sobre o Conge, acesse o trepidante ABC do C Af
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