Coronel do MT rouba em Santos e na Bahia
Cel Lima e a fazendola do cel Lima que o MST acha que é do ladrão presidente
Do Globo Overseas Investment BV, que quer derrubar o MT ladrão e botar no lugar o Meirelles que se sentava no caixa do Joesley e não dominava os fatos:
A Argeplan, do coronel João Baptista Lima Filho, foi contratada em 2010 pela Valec, empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, para supervisão das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, entre Ilhéus e Barreiras, na Bahia. O contrato, de R$ 26,5 milhões, teve cinco aditivos, e chegou a R$ 76 milhões. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que o trecho deveria ter sido concluído em 2012, mas em maio de 2015 ainda não tinha nem um quilômetro de ferrovia pronto.
Uma pessoa identificada apenas como “Lima” apareceu numa investigação de propinas pagas pelas empresas Rodrimar e Libra Terminais, que atuam no Porto de Santos. A Companhia de Docas de São Paulo (Codesp), que administra o porto, sempre foi vista como reduto de Temer. Antes do governo Lula, ele avalizou três presidentes da Codesp: Marcelo Azeredo (1995-1998), Paulo do Carmo (1998-1999) e Wagner Rossi (1999-2000).
Em 2006, a PF abriu inquérito para investigar denúncias da ex-mulher de Azeredo. Na separação, ela argumentou que Azeredo ganhava muito mais do que dizia, porque “o grosso” vinha de propinas. E entregou planilhas com valores que Azeredo teria recebido de “Lima”. Havia também outro beneficiário: MT. Para os investigadores, MT era Michel Temer. A Rodrimar também foi alvo da PF na semana passada.
ALVO DO MST
Antes da Polícia Federal, foram os sem-terra que surpreenderam o coronel João Baptista Lima Filho. Em maio de 2016, pouco depois de ver seu nome citado por José Gomes Sobrinho, da Engevix, o coronel viu centenas de sem-terra ocuparem a Fazenda Esmeralda, em Duartina (SP), que está em seu nome. Temer havia frequentado a fazenda e fez ali também um encontro do PMDB.
Na visão dos sem-terra, a Esmeralda é uma espécie de “sítio de Atibaia” de Temer: está em nome do coronel, mas pertenceria ao presidente. Tanto Temer quanto o coronel refutam a acusação. Na época da invasão, Lima disse que a propriedade foi regularmente adquirida a partir de 1986 e que as áreas são produtivas, respeitam o meio ambiente e as relações trabalhistas.