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Dirceu: um espectro assombra Bolsonaro

O mundo entrou em um novo período de lutas!
publicado 03/12/2019
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(Foto: PT)

O Conversa Afiada reproduz artigo do ex-ministro José Dirceu publicado originalmente no portal Metrópoles: 

Os fatos recentes no Equador, no Peru, no Chile, na Bolívia e na Colômbia nos remetem de novo ao militarismo, e as fotos não mentem: as forças armadas desses países, com exceção da Colômbia, voltaram ou reafirmaram seu papel de tutela sobre o sistema político, com o agravante de mantenedoras da ordem social e econômica mesmo às custas da democracia, apesar de as Constituições proibirem expressamente qualquer papel político para aqueles aos quais a nação entregou sua defesa em armas.

Em todas as fotos atrás do presidente, seja ele Lenin Moreno, o traidor; Vizcarra que dissolveu o parlamento – de acordo com a Constituição, mas alegou ter o apoio dos “mandos” militares; ou Piñera, estavam os três comandantes das três armas. Na Bolívia (foto em destaque), os militares e a polícia simplesmente exigiram a renúncia do presidente. A exceção por enquanto vem da Colômbia, onde um governo de direita é repudiado em manifestações pela maioria da população, e perdeu a eleição na capital, Bogotá.

Há meses, pesquisas indicavam a derrocada e a reprovação dos governos de direita nesses países e em outros, como a Argentina, onde os peronistas venceram as eleições.

Entre as causas do fracasso desses governos, estão o pouco ou quase nenhum compromisso com a democracia, não apenas dos militares em questão, mas das elites desses países. Os planos econômicos de ajuste fiscal e corte de gastos, privatizações e aberturas comercial e financeira, mesmo quando permitem o crescimento, aumentam a pobreza, a miséria e a queda da renda, além do nível de vida da maioria das populações – inclusive das classes médias. Grosso modo, os países crescem e a desigualdade enriquece as elites e empobrece o povo trabalhador.

O que não esperavam, por não conhecerem a nossa história, de nossos países, era a revolta popular, que nem a mais brutal e covarde repressão, como no Chile, deteve. Daí a recusa ou a impossibilidade de os governos de Lenin Moreno e [Ivan] Duque de apelarem pura e simplesmente para a repressão.

s fatos recentes no Equador, no Peru, no Chile, na Bolívia e na Colômbia nos remetem de novo ao militarismo, e as fotos não mentem: as forças armadas desses países, com exceção da Colômbia, voltaram ou reafirmaram seu papel de tutela sobre o sistema político, com o agravante de mantenedoras da ordem social e econômica mesmo às custas da democracia, apesar de as Constituições proibirem expressamente qualquer papel político para aqueles aos quais a nação entregou sua defesa em armas.

Em todas as fotos atrás do presidente, seja ele Lenin Moreno, o traidor; Vizcarra que dissolveu o parlamento – de acordo com a Constituição, mas alegou ter o apoio dos “mandos” militares; ou Piñera, estavam os três comandantes das três armas. Na Bolívia (foto em destaque), os militares e a polícia simplesmente exigiram a renúncia do presidente. A exceção por enquanto vem da Colômbia, onde um governo de direita é repudiado em manifestações pela maioria da população, e perdeu a eleição na capital, Bogotá.

Há meses, pesquisas indicavam a derrocada e a reprovação dos governos de direita nesses países e em outros, como a Argentina, onde os peronistas venceram as eleições.

Entre as causas do fracasso desses governos, estão o pouco ou quase nenhum compromisso com a democracia, não apenas dos militares em questão, mas das elites desses países. Os planos econômicos de ajuste fiscal e corte de gastos, privatizações e aberturas comercial e financeira, mesmo quando permitem o crescimento, aumentam a pobreza, a miséria e a queda da renda, além do nível de vida da maioria das populações – inclusive das classes médias. Grosso modo, os países crescem e a desigualdade enriquece as elites e empobrece o povo trabalhador.

O que não esperavam, por não conhecerem a nossa história, de nossos países, era a revolta popular, que nem a mais brutal e covarde repressão, como no Chile, deteve. Daí a recusa ou a impossibilidade de os governos de Lenin Moreno e [Ivan] Duque de apelarem pura e simplesmente para a repressão.