EUA vão ao ataque contra Snowden. De novo!
Snowden (E) e Greenwald, em 2013, em foto da jornalista Laura Poitras
O Governo dos Estados Unidos moveu uma ação judicial contra Edward Snowden pela publicação de sua autobiografia, lançada globalmente nesta terça-feira 17.
Em 2013, Snowden foi o responsável por um dos maiores vazamentos de segredos de Estado da história norte-americana.
A CIA declarou, em nota oficial, que Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional (CIA) e ex-funcionário da própria CIA, violou "as obrigações expressas" de confidencialidade ao publicar o livro Permanent Record ("Eterna Vigilância", na versão brasileira), "sem ter avisado sobre isso as duas agências para que fizessem uma revisão prévia".
O Governo quer "ressarcir-se com todos os lucros obtidos".
Ou seja, quer garantir que Snowden "não receba benefícios monetários por violar a confiança depositada nele".
Pelo Twitter, Snowden respondeu a essa ofensiva do governo Trump:
“É difícil pensar em um maior selo de autenticidade que o fato de o Governo dos EUA apresentar uma demanda afirmando que seu livro é tão veraz que escrevê-lo era literalmente contrário à lei”.
Há seis anos, Snowden revelou os escandalosos detalhes do programa de vigilância do governo dos Estados Unidos em nível mundial.
Glenn Greenwald, fundador do Intercept, foi responsável por divulgar as denúncias de Snowden, à época pelo jornal britânico The Guardian.
Em abril de 2014, a propósito, o Guardian conquistou o prêmio Pulitzer, maior honraria no meio jornalístico, graças ao trabalho de Greenwald e Laura Poitras, pela publicação dos documentos vazados por Snowden.
Esse é considerado um dos maiores feitos jornalísticos das últimas décadas.
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