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Ex-assessor de ministro diz que laranjal do PSL irrigou campanha de Bolsonaro

Depoimento apresenta indícios de caixa dois!
publicado 06/10/2019
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Original: José Cruz/Agência Brasil

O Conversa Afiada mostrou nesta sexta-feira 4/X que o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antonio foi indiciado no caso do laranjal do PSL.

Segundo a Polícia Federal, o ministro chefiou um esquema de candidaturas femininas de fachada nas eleições de 2018 com o objetivo de desviar verbas públicas de campanha para outras candidaturas consideradas mais promissoras.

De acordo com a investigação, as candidatas recebiam o dinheiro de campanha, sob condição de repassar a maior parte dos valores a outros nomes indicados pelo PSL. Segundo a PF, as candidatas sabiam que estariam atuando como laranjas.

À época, Marcelo Álvaro Antonio era candidato a deputado federal e presidente do PSL em Minas Gerais. Ele também foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro no estado.

O ministro da Justissa Sérgio Moro se recusou a comentar sobre o caso. O presidente Jair Messias, por sua vez, afirmou que Álvaro Antonio irá permanecer no cargo.

A história, entretanto, ganhou um novo capítulo na manhã de hoje 6/X.

Reportagem de Camila Mattoso e Ranier Bragon na Fel-lha revela que Hassander Souza de Paula, ex-assessor de Marcelo Álvaro Antonio e coordenador de sua campanha a deputado federal, disse em depoimento à Polícia Federal no dia 27/VI que "acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro".

A PF apreendeu uma planilha de gastos com material de campanha onde há a menção a gastos "NF" e "out". Segundo os investigadores, as expressões significam, respectivamente, pagamentos "com nota fiscal" e "por fora".

O documento lista um pagamento efetuado a uma gráfica por impressão de material para a campanha de Jair Bolsonaro, sendo "R$ 1.550 NF" e mais "R$ 4.200 out".

No entanto, a prestação de contas da campanha de Bolsonaro apresentada à Justiça Eleitoral não possui registro desses pagamentos - o que, segundo a Fel-lha, seria um indício de caixa dois.

No mesmo depoimento, Hassander confirma que ao menos um das candidatas laranjas "com certeza não gastou os R$ 65 mil recebidos" - confirmando, portanto, o desvio das verbas para outras candidaturas.

Leia a reportagem completa na Fel-lha.

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