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Governo Bolsonaro sacrificou o meio ambiente!

Decisão vai repercutir no setor econômico
publicado 11/12/2019
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O Conversa Afiada reproduz do O Globo

Em apenas um ano, o governo brasileiro perdeu o protagonismo em negociações internacionais em meio ambiente , sacrificou um fundo bilionário de doações para a Amazônia , extinguiu uma secretaria dedicada ao estudo sobre o clima e permitiu o desmonte de órgãos de fiscalização, como o Ibama .

Essa lista de questões dá o tom do relatório "Avaliação da Política Nacional sobre Mudança do Clima", aprovado na semana passada pela Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) e discutido nesta terça-feira na Conferência do Clima , em Madri, a COP-25.

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O relatório da CMA analisa a política ambiental brasileira da última década, dividindo-a em dois períodos: os anos de 2009-2018 e o ano de 2019, especificamente sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro.

— Ainda antes de assumir o cargo, Bolsonaro anunciou que gostaria de acabar com o Ministério do Meio Ambiente — recorda. — Não conseguiu, mas está tentando ainda assim. Criou uma política de governo, e não de Estado. Seu primeiro ato foi acabar com a secretaria da pasta dedicada às Mudanças Climáticas e com o departamento de educação ambiental.

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Além da falta de dados, o governo também tropeça na ausência de boas novas. A queda do desmatamento, principal argumento usado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , para conseguir recursos na COP, não sofre reduções significativas há uma década.

— O quadro dos recursos financeiros é crítico — avalia Contarato. — O Fundo Amazônia foi paralisado este ano, e toda a estrutura que garantia sua governança foi desmontada. Na COP, o Brasil defende a obtenção de parte dos US$ 100 bilhões anuais prometidos por países desenvolvidos a nações em desenvolvimento. Mas os ministérios de Meio Ambiente e Relações Exteriores foram desmantelados, então não temos uma estratégia para ter acesso a esses recursos.

A falta de recursos para o combate às mudanças climáticas repercutirá no setor econômico. O relatório lembra que estudos apontam significativas alterações climáticas em diferentes regiões do país e estimam seus impactos e efeitos adversos, como maior ocorrência de secas, inundações, alagamentos, deslizamento de encostas e consequentes deslocamentos das populações nas regiões atingidas.

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