Guedes quer punir funcionário público filiado a partido!
Guedes e Bolsonaro em um comedido abraço após a apresentação do pacote econômico ao Congresso (Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Uma das principais medidas do pacote de arrocho apresentado pelo Governo Federal na terça-feira 5/XI é o corte de até 25% da jornada de trabalho dos funcionários públicos, com igual redução nos salários.
Portanto, não importa se estamos falando de um juiz que ganha R$ 40 mil ou de um professor que recebe R$ 2 mil ao mês: para Jair Bolsonaro e seu ministro (sic) da Economia (sic) Paulo Guedes, todos merecem uma redução de um quarto de seus rendimentos!
É um "AI-5 Econômico", como disse Guilherme Santos Mello, professor de Economia da Unicamp.
A medida pode atingir, em primeiro momento, os 600 mil servidores ativos da União. Estados e Municípios também poderão realizar as mesmas mudanças em seguida.
Mas não para por aí, amigo navegante!
Durante a cerimônia de apresentação de suas propostas, o ministro Paulo Guedes decidiu criar duas categorias de funcionário público: aqueles que são filiados a algum partido político e aqueles que não são.
Guedes acredita que o primeiro grupo merece uma severa punição!
"Quem tem filiação partidária, não é funcionário do estado brasileiro, é militante", disse o ministro. "Pode ser militante à vontade, mas não pode ter estabilidade".
Para não dar margem a dúvidas, ele completou: "tem filiação partidária? Não é servidor público. Não vou dar estabilidade para militante".
Mas tem um problema, ministro...
Quem "dá estabilidade" ao servidor público não é o ministro da Economia, mas o Artigo 41 da Constituição Federal...
Em tempo: sobre o pacote de arrocho do Governo Federal, leia mais no Conversa Afiada!
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