Kirchner: nunca mais a Argentina deve sucumbir ao neoliberalismo!
Alberto Fernández e Cristina Kirchner no evento de encerramento da campanha, em Mar del Plata (Reprodução: Twitter/Fotos Públicas)
Na Argentina, os eleitores irão às urnas hoje 27/X para escolher o novo presidente da República. As seções eleitorais foram abertas às 8h da manhã por todo o país.
A previsão é de que a chapa de esquerda liderada por Alberto Fernández, com a ex-presidenta Cristina Kirchner de vice, vença a eleição ainda no primeiro turno: as pesquisas mais recentes apontam que Fernández e Kirchner devem ter 52% dos votos válidos, contra 32% do atual presidente Maurício Macri.
(Em 5/X, o candidato a vice de Macri, Michel Pichetto, apresentou uma ideia digna de Wilson Witzel para combater a violência em Buenos Aires: dinamitar as favelas!)
Maurício Macri, um arauto do neolibelismo e amigão do Bolsonaro, deverá, portanto, perder de levada.
A culpa é da assombrosa crise econômica em que ele próprio jogou o país!
As políticas de "austeridade" (sic) do Macri matam argentinos de frio, obrigam famílias a recorrer à caridade para ter o que comer e fazem com que movimentos sociais organizem "polentaços" contra a fome.
Em setembro, a Câmara dos Deputados decretou "emergência alimentar" no país!
Aproximadamente 35% da população da Argentina sucumbiu à pobreza. Já o desemprego atinge 10,6% da população economicamente ativa.
A derrota de Macri, portanto, é mais um (importante) passo em direção ao fim da breve guinada à direita na América do Sul.
Fernández e Kirchner encerraram a campanha eleitoral com um grande discurso na cidade de Mar del Plata: "estamos encerrando um ciclo histórico. Nunca mais a pátria deve voltar a cair nas mãos do neoliberalismo! Nunca mais essas políticas!", disse a candidata à vice-presidência.
Os resultados das eleições devem começar a ser divulgados às 21h deste domingo. A expectativa é que cerca de 90% da apuração esteja finalizada até a meia-noite.
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