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Lula sobre Moro e Dallagnol: estou aqui para enfrentar esses canalhas!

Ele não pensa em ser candidato em 2022
publicado 19/09/2019
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(Crédito: Ricardo Stuckert)

O presidente Lula afirmou, em entrevista à Revista Forum publicada na noite desta quinta-feira 19, que Sergio Moro, Deltan Dallagnol e o conjunto da Operação Lava Jato agem como uma quadrilha.

"Vim para cá porque alguém neste país tem que ter coragem de enfrentar esses canalhas!", afirmou Lula.

Lula disse que a soberania nacional deve ser o principal mote da esquerda neste momento de enfrentamento ao bolsonarismo. E não se disse particularmente interessado em se colocar como candidato à Presidência em 2022.

"Eu espero que tenham outros candidatos. Estarei com 77 anos. Espero que, nesse período, a gente crie [outros candidatos]".

Sobre as rusgas com Ciro Gomes, Lula comentou as declarações de Fernando Haddad de que o pedetista não aceitou ser candidato a vice-presidente na chapa do PT em 2018.

"Acho difícil uma pessoa que se acha tão inteligente como o Ciro aceitar ser vice de um torneiro mecânico. Ele acha que, quando o Estadão gosta de uma matéria dele, está bem. Mas se o Estadão gostou e deu manchete, é porque foi uma merda", disse Lula.

Ao comentar o governo atual, Lula disse que "Bolsonaro está usando o cargo de presidente para criar uma imagem muito negativa da instituição Presidência da República".

Sobre o convite de Dilma Rousseff para que ele se tornasse ministro da Casa Civil em 2016, Lula disse:

"Nunca achei boa a ideia de eu ser ministro. Na minha cabeça, não cabiam dois presidentes no Palácio do Planalto. Isso seria um problema para a Dilma".

Quando perguntado sobre a revelação, pelo Intercept Brasil, de que Moro não quis apreender o celular do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha no momento de sua prisão, Lula disse:

"É muito estranho que você prenda o presidente da Câmara e que não o tenham forçado a fazer uma delação, como fizeram com os outros, e que não tenham pego o celular dele. Mas acho que ele [Moro] tem que explicar isso para a Suprema Corte. Que nunca mais se repita um juiz que aja com a canalhice que o Moro agiu"

Por fim, deixou claro que mantém a confiança no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu tenho tanta consciência da minha inocência, que a única coisa que quero é prová-la. É por isso que eu espero que a Suprema Corte coloque o Brasil nos eixos. Vivemos um período em que um juiz de primeira instância deita e rola sobre o país. O que nós queremos é que o acusado não seja condenado previamente, que ele tenha direito de defesa. E que o juiz se pronuncie nos autos processuais".

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