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Paulo Câmara em NY: Bolsonaro levantou um muro!

Governador de PE quer trabalhar pela unidade da esquerda em 2022
publicado 26/09/2019
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O governador Paulo Câmara participou de encontro sobre políticas ambientais em Nova York (Créditos: Hélia Sheppa/SEI/Divulgação)

A Climate Week é uma conferência sobre mudanças climáticas que, em 2019, acontece simultaneamente à Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

(A Assembleia Geral é o encontro em que Jair Bolsonaro protagonizou um vexame internacional... Sobre o pronunciamento do Jair Messias, leia no Conversa Afiada as entrevistas exclusivas com o ex-embaixador Rubens Ricupero e ex-chanceler Celso Amorim.)

Por conta da péssima política ambiental do atual governo, a organização da Climate Week desistiu de convidar o presidente Bolsonaro para o evento, em seu lugar, chamou Paulo Câmara, governador de Pernambuco pelo PSB.

O governador fez seu discurso no dia 23/IX - um dia antes do desastre de Bolsonaro na Assembleia Geral - e falou sobre temas como desenvolvimento sustentável e estímulo à produção de energia renovável.

Ainda em Nova York, Câmara concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico - aqui no Conversa Afiada também conhecido por "PiG cheiroso".

O governador (obviamente...) fez uma avaliação negativa sobre a presença de Bolsonaro na ONU: "levantou mais muros do que construiu pontes. (...) Diplomacia exige capacidade de ouvir e dialogar. O presidente tem todo o direito de dizer o que pensa, mas há formas e formas de fazer isso. (...) O Brasil está muito dividido. E o presidente, em seus pronunciamentos, motiva mais essa divisão."

Paulo Câmara também tratou sobre as eleições presidenciais de 2022: "não podemos cometer os mesmos erros de 2018. Eu entendo, e vou trabalhar no limite das minhas possibilidades, para a unidade das esquerdas em torno de um projeto."

No primeiro turno, mesmo?, pergunta o repórter.
"No primeiro turno mesmo, se for possível."

Aí o PT vai querer ser cabeça de chapa...
"Mas é uma discussão que o PT tem que fazer também conosco. (...) Se não tivermos unidade, poderemos ter dificuldade em 2022. Um pouco de flexibilidade é bom."

Leia a entrevista completa no site do Valor.

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