PF: Aécio maquiou provas para proteger Marcos Valério
O Conversa Afiada reproduz trechos da reportagem de André de Souza, do Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção).
E lembra que na CPI dos Correios urubu voou de costas, diria o Stanislaw Ponte Preta.
O então deputado zé Eduardo Cardozo fez uma pergunta tão sofisticada, tão complexa e ininteligível que serviu de bandeja para o depoente Daniel Dantas, também conhecido como ínclito banqueiro, se safar.
(Depois, na sequência, zé foi advogado de Dantas - e por ele demitido -, Ministro e Advogado Geral da Dilma, posição em que perdeu todas as causas. Dilma só acertou por último, quando nomeou Eugênio Aragão Ministro. Mas já era tarde...)
O relator da CPI, Osmar Serraglio - depois defenestrado do Governo do ladrão presidente por suposta ladroagem - tentou impedir a aprovação de um relatório que incriminava o ínclito banqueiro.
Marcos Valério está no DNA da corrupção dos tucanos em Minas e das suspeitíssimas atividades do ínclito banqueiro, naquele estado também.
(Quem pode falar sobre esse aspecto regional das atividades do ínclito banqueiro são Leonardo Attuch, hoje no suposto site de "noticias" 247. Antes ele havia sugerido a Naji Nahas que processasse "esses dois filhos da p..." : o ansioso blogueiro e o Mino Carta. E a notável economista Elena Landow, que, com o ínclito banqueiro, trabalhou em Minas, até ser defenestrada pelo grande brasileiro Itamar Franco, governador e saneador do Estado.)
Marcos Valério fala, fala, fala, mas não cospe os feijões gordos...
A gente pode entender por quê...
Não vem ao caso, não é isso, Judge Murrow?
Vamos ao Mineirinho, o mais chato pra tomar grana:
PF indica que Aécio atuou para maquiar dados usados por CPI que investigou mensalão
Em relatório finalizado em maio, a Polícia Federal disse ter conseguido comprovar, por meio de provas indiciárias, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) atuou em 2005 para maquiar os dados do Banco Rural entregues à CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão. Segundo o delegado Heliel Jefferson Martins Costa, o objetivo era esconder os vínculos da instituição com as empresas de Marcos Valério, operador do mensalão, e o governo de Minas Gerais, comandado na época por Aécio.
No relatório, Heliel explica que as provas indiciárias ocorrem nos casos em que “são demonstrados fatos secundários, devidamente comprovados, a partir dos quais é possível extrair a convicção da existência do fato probando, por meio de induções ou raciocínio lógico”. Em outras palavras, o delegado diz que o envolvimento do senador tucano teria sido provado a partir de fatos que, reunidos em ordem lógica, possibilitam ao investigador afirmar que Aécio não tinha como não saber ou não ter participado da trama apurada.
A investigação teve origem na delação do senador cassado Delcídio Amaral, que presidiu a CPI dos Correios entre 2005 e 2006. Ele contou, em um dos seus depoimentos, que a quebra dos sigilos da instituição financeira, envolvida no escândalo do mensalão, comprometeria políticos tucanos, entre eles Aécio. Para evitar que os tucanos aparecessem na investigação, o ex-governador teria participado da articulação para maquiar os dados do banco juntamente com o então vice-governador Clésio Andrade.
O delegado apontou provas indiciárias que remontam a 2004 para justificar sua linha de raciocínio. Naquele ano, as empresas de Valério receberam 50% da verba de R$ 30 milhões de publicidade do governo Minas Gerais. Também em 2004, Heliel apontou um empréstimo fraudulento no valor de R$ 700 mil contraído pela SMP&B, de Valério, junto ao Banco Rural. Os avalistas foram políticos tucanos ligados a Aécio. Em 13 de junho de 2005, pouco depois de o ex-deputado Roberto Jefferson denunciar o mensalão e a atuação de Marcos Valério como operador do esquema, foi feita uma operação para ocultar o nome dos tucanos, que foram avalistas da transação.
A maquiagem se deu, de acordo com o relatório, com a prorrogação do prazo para que o Banco Rural apresentasse à CPI informações sobre os empréstimos contraídos por Valério, que levou à exclusão dos nomes dos fiadores da operação. Aécio teria atuado para que Delcídio aprovasse o novo prazo para o banco prestar informações.
“A exclusão foi feita sem qualquer motivação idônea, vez que não houve alteração nas garantias dadas para quitar o empréstimo que justificassem a renúncia pelo banco dos compromissos fidejussórios (garantias) prestados por Mauri José — presidente da ALMG e líder do Governo Mineiro naquela casa legislativa — e Danilo de Castro — secretário do Governo de Minas Gerais à época dos fatos”, escreveu o delegado.
“Entendo haver restado ao final desta investigação definitivamente comprovado que, em meados de 2005, durante os trabalhos realizados pela CPMI dos Correios, com vontades livres e conscientes, mesmo sabendo da natureza criminosa de suas condutas, Aécio Neves da Cunha e Clesio Soares de Andrade, através de pessoa não plenamente identificada, mas que agia no interesse destes, ofereceram ou prometeram, ainda que tacitamente, indevida e futura vantagem política para que Delcídio, na condição de presidente da CPMI, praticasse ato de ofício contrário a seu dever legal", escreveu o delegado.
O advogado Alberto Toron, que defende Aécio, criticou as conclusões do delegado:
— Eu não examinei o relatório. Mas acho grosseira essa conclusão.
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