PSL abandona discussão do pacote "anticrime" de Moro
(Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O PSL, partido de Jair Bolsonaro, está fora da discussão do grupo de trabalho que analisa o chamado pacote "anticrime" de Sergio Moro, ministro da Justiça.
Quem divulgou essa decisão nesta quinta-feira 19 foi a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), de acordo com informações do Estadão.
A saída acontece após o relator da proposta, deputado Capitão Augusto (PL-SP), criticar publicamente a falta de apoio da base governista à proposta de Moro.
"Cadê os deputados do governo? Não tem ninguém aqui. Quero que registre em ata as ausências", cobrou Augusto logo no início da sessão.
Cerca de meia hora depois da fala de Augusto, Zambelli, que não estava no plenário, chegou e pediu a palavra.
“O governo não vai ficar discutindo em um grupo que vai ficar discutindo, discutindo, discutindo num grupo que não representa o plenário. Estar aqui é só compactuar e validar algo que não concordamos”, afirmou Carla Zambelli, para logo em seguida abandonar a reunião.
Desde o início da discussão do pacote "anticrime", os deputados da base do governo reclamam da composição do grupo de trabalho que foi formado em março pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em resposta às cobranças públicas de Moro para acelerar a tramitação da proposta.
Nesta quinta, o grupo aprovou a criação da figura do “juiz de garantias”. Essa medida é tida como uma reação a Moro, que teve sua falta de imparcialidade escancarada em meio à divulgação dos capítulos da Vaza Jato pelo Intercept Brasil.
Na prática, dois juízes passariam a cuidar de cada caso. Após a apresentação da denúncia, o caso seria conduzido por outro juiz, responsável pelo julgamento.
Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça! |