Semi-presidencialismo é o Golpe final
Bolsonaro não passa de um Alexandre Frota verde-oliva!
publicado
21/11/2017
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O Conversa Afiada tem o prazer de publicar sereno - como sempre! - artigo de seu colUnista exclusivo, Joaquim Xavier:
A operação para perpetuar no poder uma quadrilha de bucaneiros a serviço do grande capital escalou um novo degrau. Trata-se da inclusão, na pauta do Supremo Tribunal Federal, da autorização para que o congresso mude o regime de governo no Brasil. O mensageiro escolhido foi Alexandre Moraes, cuja história como jurista se macula com o exercício de plagiar obras do alheio. Como político, sua capivara é recheada de favores prestados a golpistas e assemelhados.
A manobra denuncia a dificuldade, até agora, de consumar o objetivo maior do golpe de 2016: fechar as portas para a volta de um governo comprometido com os interesses populares. Mesmo diante da maior operação jamais vista de linchamento de uma liderança política, Lula resiste como candidato imbatível numa eleição livre. E a desmoralização do judiciário torna imprevisível a reação do povo a uma condenação, de resto já decidida, do ex-presidente em segunda instância. Na cabeça dos assaltantes do Planalto, porém, com relação a Lula vale o dito conhecido: se for candidato, não pode ser eleito; se eleito, não pode tomar posse; se tomar posse, não pode governar.
Para os golpistas, o problema cresce diante do espetáculo deprimente de candidaturas oferecidas ao público. A direita revela-se impotente para emplacar um concorrente além de um m ilitar do (baixo) calibre de um Jair Bolsonaro. No plano das ideias, o deputado equipara-se a um Alexandre Frota verde-oliva. Todos sabem que não existe alvejante político capaz de limpar a biografia do milico, por mais que ele desfile em Wall Street buscando entre banqueiros os votos inexistentes no Brasil.
Atordoados, os usurpadores e seus escribas na mídia oficial fabricam “novidades” na esperança de enganar a plateia. Fiasco completo. Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Luis Barroso, João Amoedo (?) mal passam de balões de ensaio. O queridinho de meses atrás, Joao Doria, virou farinha por conta própria. Já foi tarde.
Até Luciano Huck resolveu ocupar o palco. Foi elogiado por gente como FHC. Longe de depor a seu favor, o apoio só conduziu ao ridículo definitivo o grão-mestre dos tucanos, rebaixado agora à condição de chofer de lata-velha. O veredicto das pesquisas prova que para ser levado a sério é preciso bem mais que o rebolado da Tiazinha ou a varinha da Feiticeira, as principais contribuições intelectuais de Huck à história nacional. Some-se a isto sua cumplicidade com Aécio Neves e seu bando para imaginar o futuro de tal candidatura.
Pelo sim, pelo não, a camarilha dirigida por Temer parte então para se cercar de “garantias constitucionais”. Este é o sentido do ataque escancarado ao presidencialismo. É o golpe dentro do golpe. Equivale ao Ato Institucional número 5, aquele que consolidou a ditadura militar. Daí a importância da Frente em Defesa da Democracia criada pelo PT, PDT, PSB e PCdoB.
O diagnóstico do manifesto que lançou a frente é preciso: “trata-se de um movimento acintosamente estimulado pelo governo golpista, para impedir que um presidente legitimamente eleito pelo povo assuma o governo com os plenos poderes previstos na Constituição, como foi decidido duas vezes em plebiscitos nacionais (1963 e 1993); cientes de que não conseguirão se manter pelo voto popular, as forças que sustentam o governo golpista pretendem evitar, a qualquer custo, a retomada do processo democrático, para continuar implementando sua agenda de retrocessos, de retirada de direitos e de entrega do patrimônio nacional.” Mais claro, impossível.
A manobra denuncia a dificuldade, até agora, de consumar o objetivo maior do golpe de 2016: fechar as portas para a volta de um governo comprometido com os interesses populares. Mesmo diante da maior operação jamais vista de linchamento de uma liderança política, Lula resiste como candidato imbatível numa eleição livre. E a desmoralização do judiciário torna imprevisível a reação do povo a uma condenação, de resto já decidida, do ex-presidente em segunda instância. Na cabeça dos assaltantes do Planalto, porém, com relação a Lula vale o dito conhecido: se for candidato, não pode ser eleito; se eleito, não pode tomar posse; se tomar posse, não pode governar.
Para os golpistas, o problema cresce diante do espetáculo deprimente de candidaturas oferecidas ao público. A direita revela-se impotente para emplacar um concorrente além de um m ilitar do (baixo) calibre de um Jair Bolsonaro. No plano das ideias, o deputado equipara-se a um Alexandre Frota verde-oliva. Todos sabem que não existe alvejante político capaz de limpar a biografia do milico, por mais que ele desfile em Wall Street buscando entre banqueiros os votos inexistentes no Brasil.
Atordoados, os usurpadores e seus escribas na mídia oficial fabricam “novidades” na esperança de enganar a plateia. Fiasco completo. Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Luis Barroso, João Amoedo (?) mal passam de balões de ensaio. O queridinho de meses atrás, Joao Doria, virou farinha por conta própria. Já foi tarde.
Até Luciano Huck resolveu ocupar o palco. Foi elogiado por gente como FHC. Longe de depor a seu favor, o apoio só conduziu ao ridículo definitivo o grão-mestre dos tucanos, rebaixado agora à condição de chofer de lata-velha. O veredicto das pesquisas prova que para ser levado a sério é preciso bem mais que o rebolado da Tiazinha ou a varinha da Feiticeira, as principais contribuições intelectuais de Huck à história nacional. Some-se a isto sua cumplicidade com Aécio Neves e seu bando para imaginar o futuro de tal candidatura.
Pelo sim, pelo não, a camarilha dirigida por Temer parte então para se cercar de “garantias constitucionais”. Este é o sentido do ataque escancarado ao presidencialismo. É o golpe dentro do golpe. Equivale ao Ato Institucional número 5, aquele que consolidou a ditadura militar. Daí a importância da Frente em Defesa da Democracia criada pelo PT, PDT, PSB e PCdoB.
O diagnóstico do manifesto que lançou a frente é preciso: “trata-se de um movimento acintosamente estimulado pelo governo golpista, para impedir que um presidente legitimamente eleito pelo povo assuma o governo com os plenos poderes previstos na Constituição, como foi decidido duas vezes em plebiscitos nacionais (1963 e 1993); cientes de que não conseguirão se manter pelo voto popular, as forças que sustentam o governo golpista pretendem evitar, a qualquer custo, a retomada do processo democrático, para continuar implementando sua agenda de retrocessos, de retirada de direitos e de entrega do patrimônio nacional.” Mais claro, impossível.